A espaçonave DART, da Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), atingiu propositalmente no mês passado, um asteroide empurrando o mesmo para fora de sua órbita natural. É a primeira vez que a humanidade consegue mudar a trajetória de um corpo celeste, de acordo com o chefe da Nasa.
Durante uma coletiva da empresa na última semana, a organização espacial revelou que, depois de observar telescópios, é possível identificar o êxito no voo de teste suicida da espaçonave DART, realizado no dia 26 de setembro que tinha como objetivo central de alterar o caminho do asteroide unicamente por meio da pura força cinética.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”en” dir=”ltr”>A historic success for <a href=”https://twitter.com/NASA?ref_src=twsrc%5Etfw”>@NASA</a> <a href=”https://twitter.com/JHUAPL?ref_src=twsrc%5Etfw”>@JHUAPL</a> and a very important step forward for planetary defense! The risk of impact from asteroids and other hazardous space objects is low, but the damage would be immense; developing the capability to prevent impact is a key long term objective. <a href=”https://t.co/4qsmlkjywo”>https://t.co/4qsmlkjywo</a></p>— Rep. Don Beyer (@RepDonBeyer) <a href=”https://twitter.com/RepDonBeyer/status/1574542355012931584?ref_src=twsrc%5Etfw”>September 26, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Twitte do deputado Don Feyer sobre missão DART (Foto: Reprodução/Twitter)
O presidente do Subcomitê de Espaço e Aeronáutica dos Estados Unidos, o deputado Don Beyer, descreveu a missão DART ou o Teste de Redirecionamento de Asteroides Duplos de um “sucesso histórico”. A missão colocou em teste a tecnologia de defesa planetária da Nasa, e se comprovada a mudança na órbita do asteroide intitulado Dimorphos, marca a primeira alteração feita por seres humanos no movimento de um corpo celeste natural do espaço.
Após a espaçonave atingir com sucesso o alvo, Beyer foi às redes sociais comentar sobre o assunto. “O risco de impacto de asteroides e outros objetos espaciais perigosos é baixo, mas o dano seria imenso”, disse em twitte. E acrescentou que o desenvolvimento da habilidade de prevenir o impacto é um objetivo principal a longo prazo.
Com o impacto bem sucedido da espaçonave em direção ao asteroide Dimorphos, os trabalhos científicos estão apenas começando. Como formas de analisar os impactos, em 2024 será lançada a missão Hera da Agência Espacial Europeia, em conjunto com dois CubeSats. A espaçonave Hera estudará as características físicas do asteroide Dimorphos e examinará a cratera de impacto no DART. Já a LICIACube, da agência espacial italiana, fica responsável por captar vídeos e fotos de impacto. O Telescópio Espacial James Webb, o Telescópio Espacial Hubble, e a missão Lucy da Nasa também observarão o impacto.
Foto Destaque: Asteroide Dimorphos. Reprodução/Instagram Nasa