Nesta quarta (05), Carolyn R. Bertozzi, Morten Meldal e K. Barry Sharpless ganharam o prêmio Nobel de Química por criarem uma ferramenta engenhosa para construir moléculas por meio dos seus estudos em bioquímica.
Os três ganharam o prêmio por fundar e avançar nos campos da química e química bio-ortogonal que “levou a uma revolução na forma como os químicos pensam sobre a ligação de moléculas” – comentou a Academia Real das Ciências da Suécia.
A Academia reiterou que o Nobel “é sobre transformar processos difíceis os deixando mais fáceis”.
Os responsáveis por decidir os vencedores destacaram que os químicos são movidos há muito tempo com o desejo de construírem moléculas cada vez mais complicadas.
“Na pesquisa farmacêutica, isso geralmente envolve a recriação artificial de moléculas naturais com propriedades medicinais. Isto levou a muitas construções moleculares admiráveis, mas estas são geralmente demoradas e muito caras para produzir” – reforçou a Academia.
Ganhadores do prêmio Nobel de química (Foto: Divulgação/TheNobelPrize)
Johan Åqvist, presidente do Comitê do Nobel de Química, disse que o prêmio deste ano “trata de não complicar demais as coisas, mas trabalhar com o que é fácil e simples”. “Moléculas funcionais podem ser construídas indo em rota direta” – disse.
“A química do clique e as reações bio-ortogonais levaram a química para a era do funcionalismo. Isso está trazendo o maior benefício para a humanidade” – finalizou a Academia.
O prêmio total foi de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 4,7 milhões) e será dividido entre os três.
Contemplado com o prêmio em 2003, o químico Barry Sharpless venceu seu segundo Nobel e entrou em um seleto grupo que estão Linus Pauling, Marie Curie, Frederick Sanger e John Bardeen. Além disso, duas outras entidades possuem mais de um Nobel ganho, são: o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Foto destaque: Prêmio Nobel de química é entregue por pesquisas sobre a construção de moléculas. Reprodução/Divulgação/TheNobelPrize