Podemos afirmar facilmente que este ano de 2021 foi um dos mais agitados quando falamos sobre ataques em bancos de dados de grandes empresas. Entre as várias que foram atacadas estão: CVC, Lojas Renner, Atento, Porto Seguro e Serasa Experian, além das conhecidas plataformas como o LinkedIn e Facebook que arcaram com as consequências de terem dados de seus usuários e clientes expostos ou por terem os seus sistemas inoperantes por horas.
Não só os usuários, mas as empresas devem investir pesado em segurança digital. (Foto: Reprodução/valor.globo/Getty Images)
Especialista em Segurança da Informação e também sócio fundador da Datalege Consultoria Empresarial, Mario Toews, afirma que o cenário, além de negativo, pode se agravar mais.
“A internet está cada vez mais popularizada e se tornou essencial na vida das pessoas. Mas as ferramentas de segurança ainda não são usadas adequadamente, nem pelos consumidores e nem mesmo pelas empresas”, comenta.
Grande vazamento de dados
Nos casos que ficaram marcados no ano de 2021, Toews relembra o roubo de informações sensíveis de mais de 200 milhões de brasileiros já no primeiro semestre do ano. No começo de abril, houve outro episódio envolvendo o Facebook, maior conglomerado de redes sociais. Esse incidente deixou dados de 530 milhões de usuários expostos, tendo 8 milhões de brasileiros envolvidos.
“Agora que o cidadão está começando a ter consciência dos riscos de ter seus dados expostos na rede, graças à LGPD e ao debate constante sobre a privacidade. Mas a sociedade brasileira ainda precisa amadurecer bastante”, explica Toews.
2021 foi um ano em que os ataques e vazamento de dados bateram recordes nos números. (Foto: Reprodução/defesanet)
Segundo ele, o que classifica a incidência desses casos de vazamentos são as falhas nos protocolos de segurança das empresas e o valor que esses dados representam. Entre as informações expostas estão o nome completo, endereço de e-mail e residencial, além de dados bancários. Os dados são geralmente vendidos (por vezes são gratuitamente disponibilizados) em fóruns sobre hacking e também são usados irregularmente por empresas e obter vantagem de mercados e outras diversas finalidades. Relembre os cinco casos de ataque cibernético.
1 -Serasa Experian
Começamos em janeiro com o vazamento relacionado ao Serasa Experian que teve dados de cerca de 200 milhões de brasileiros expostos.
2 -Lojas Renner
Já no mês de agosto, a empresa ficou com o sistema comprometido por algumas horas. Na época, a rede varejista afirmou que as operações dos centros de distribuição e backoffice se restabeleceram em horas, o que não aconteceu com as operações de e-commerce nos sites e aplicativos que levaram mais alguns dias para voltar à normalidade.
Site ficou fora do ar por horas até ser normalizado. (Foto: Reprodução/O Globo)
3 – Porto Seguros
Agora em outubro, tivemos o caso da Porto Seguro, que sofreu um ataque cibernético, mas restaurou gradualmente suas operações.
4 – CVC
Continuando em outubro, a CVC também foi vítima de invasão. Suas operações voltaram 12 dias depois do ataque e a empresa afirmou que não houve registro de vazamento dos dados.
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5 – Atento
Por último, em 31 de outubro, a Atento teve seus dados vazados após uma infecção por ransomware. Nesse episódio, a empresa optou por não pagar ao resgate pedido pelos criminosos cibernéticos.
Foto destaque: Reprodução/Valor.globo/Getty Images