No retormar da vida pós-pandêmia, tem ocorrido crescente impulso para o turismo mais exótico, especialmente entre bilionários. Além dos tradicionais passeios de iates e jet skis, hoje se apresentam os submersíveis como a nova moda da época.
“Os proprietários de iates são, em geral, pessoas que têm interesse pelo oceano,” disse, Patrick Lahey, o fundador da Triton Submersibles, empresa que investe nesse novo tipo de turismo. “Eles gostam de ir a lugares e experimentar coisas novas, e não há nada como ver o oceano da perspectiva de um submersível.”
Segundo o Business Insider, tais embarcações tem sido crescentemente utilizadas mesmo após o acidente que ocorreu neste ano com o submersível Titan, cuja implosão repercutiu como assunto global.
Já fazem mais de três meses desde que o caso do submarino Titan circulou mundialmente. (Foto: Reprodução/CNN)
O caso do submarino Titan
Em junho deste ano (22) o mundo viu concluir a saga do submarino desaparecido com a confirmação, pela própria empresa responsável, OceanGate, de que todos os cinco tripulantes – cada qual havia pago US$ 250 mil pela experiência – haviam falecido em um acidente que podia ter sido evitado.
“Eles (OceanGate) operavam em águas internacionais sem jurisdição de nenhuma Guarda Costeira“, disse William Kohnen, presidente do Comitê de Veículos Subaquáticos Tripulados dos Estados Unidos, afirmando que a embarcação era essencialmente clandestina, e que a tragédia era “claramente evitável“.
Visto isso, foi conscientizada a sociedade quanto à precaução em expedições marítmas profundas, especialmente no quesito da segurança. Até mesmo celebridades como James Cameron se pronunciaram: “É um lembrete doloroso de como o mar pode ser impiedoso e implacável.”
Submersível da Triton Submersibles. (Foto:Reprodução/Triton Submersibles)
A aposta de outros submersíveis
Ainda assim, bilionários continuam a investir nesse tipo de embarcações. A empresa do citado Patrick Lahey, o Triton Submersibles, atualmente apresenta um catálogo de vendas com preços que variam de US$ 2,5 milhões (aproximadamente R$ 12 milhões) a US$ 7 milhões (cerca de R$ 35 milhões).
E não é a única lucrando no ramo. Outra é a SEAmagine, que desenvolve modelos desde 1995, e vende embarcações no mesmo valor, podendo acomodar de 2 a 7 pessoas, e indo até 900 metros de profundidade.
“Mesmo depois de mil mergulhos, nunca deixa de ser emocionante”, disse o cofundador da SEAmagine, Charles Kohnen.
Este mercado de luxo continua em crescimento especialmente após a pandemia, quando o turismo volta com força ao cardápio dos que tem condições de experimentá-lo.
Foto Destaque: Submersível da SEAmagine. Reprodução/SEAmagine