Pane no Royal Mail pode estar ligada a LockBit com vínculos na Rússia

Sergio Gelio Por Sergio Gelio
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Um problema eletrônico provocou interrupções nos serviços internacionais de exportação do Royal Mail. A causa foi pelo Lockbit, grupo de ransomware que especialistas em segurança digital dizem ter membros na Rússia, divulgou o jornal britânico Telegraph.

Segundo uma atualização no seu site nesta quinta-feira (12), o Royal Mail, uma das maiores empresas de correio e encomendas do mundo, ainda não conseguiu despachar itens para destinos no exterior. Para evitar o acúmulo de produtos de exportação em sua rede, a empresa postal britânica aconselhou os clientes a não despacharem itens internacionais até novo aviso.


Royal Mail (Foto: Reprodução/UOL)


O Royal Mail, que se recusou a comentar a reportagem do Telegraph, disse antes que contratou especialistas e notificou as autoridades de segurança enquanto investiga o incidente.

O Gabinete do Comissário de Informação da Grã-Bretanha afirmou que vai investigar o caso, enquanto o Centro Nacional de Cibersegurança disse que está trabalhando com a empresa e a Agência Nacional de Crimes para entender bem o impacto.

O Lockbit, que alguns especialistas em segurança eletrônica dizem ter membros na Rússia, também alegou ter atacado uma empresa francesa de cosméticos chamada Nuxe.

Ransomware é um software malicioso, ou malware, que geralmente é inserido na rede de computadores de uma entidade por meio da chamada “tentativa de phishing”. Isso envolve enganar o destinatário para que baixe o malware, geralmente clicando em um link ou anexo contido em um e-mail. A tentativa de phishing também pode incluir a tentativa de acessar o nome de usuário e a senha da pessoa para entrar na rede, fazendo-a pensar que está se conectando à rede em questão.

LockBit é o nome dado a um malware específico, com a organização criminosa por trás dele também carregando esse nome. O LockBit também vende esse malware para outras operadoras para ganho financeiro, em um modelo conhecido como ransomware como serviço (Raas). Em fóruns clandestinos, o malware foi anunciado como “o software de criptografia mais rápido do mundo”.

Foto destaque: Hacker. Reprodução/UOL

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