Startup dinamarquesa de agricultura vertical tem como foco a separação dos alimentos da natureza

João Gabriel Rodrigues Por João Gabriel Rodrigues
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A agricultura vertical permite uma cadeia de fornecimento de alimentos inovadora, da fazenda à mesa, do pedido à entrega e fatura. O mercado global desse segmento foi avaliado no ano de 2021 em cerca de US$ 3,47 bilhões (R$18 bilhões na cotação atual), e deve atingir em 2022 cerca de US$ 4,16 bilhões (R$21,6 bilhões). A crescente em faturamento é de US$ 20,9 bilhões (R$108,4 bilhões) até 2029.

A fazenda vertical propõe algo totalmente diferente do que já utilizado no mundo. Ela reúne diferentes espaços isolados da luz solar, ventos, chuvas e vários outros fenômenos da natureza, para conseguir produzir alimentos longe do solo. Tudo é feito através da iluminação por lâmpadas de led azul, vermelho e brando, que juntas, deixam o local com um tom de rosa, substituindo a luz solar.


Fazenda vertical (Foto: Reprodução/Forbes)


De acordo com Rasmus Bjerngaard, CEO e cofundador da Nextfood, a fazenda vertical, que tem como sede a cidade de Copenhague na Dinamarca, tem uma forma de abastecimento alimentar isolada e eficiente, e está principalmente dissociada da natureza.

“Em outras palavras, não extrai recursos naturais; não há esgotamento do solo, pouco uso de água e não há comprometimento da biosfera ou poluição da natureza; não há contaminação da água e nem pesticidas”.

“Quando a humanidade era menor, a natureza tinha tempo para se regenerar de nossa extração e poluição. Agora que a humanidade tem mais de sete bilhões de pessoas e nossos métodos agrícolas se intensificaram, a natureza não consegue mais nos sustentar como antigamente.”, disse Bjerngaard.


Rasmus Bjerngaard (Foto: Reprodução/Twitter)


O dinamarquês diz que há duas maneiras de resolver o problema do espaço para cultivar os alimentos e preservar a natureza. “Desacoplar comida e natureza é integrar a produção de alimentos com a natureza como uma verdadeira produção circular/regenerativa de alimentos. A outra abordagem é dissociar a produção de alimentos da natureza, que já estamos começando a ver, como ‘carne’ sem vaca, fermentação de precisão e agricultura indoor, que é o que a agricultura vertical propõe”, afirmou Rasmus Bjerngaard.

“Nosso software inclui e automatiza todo o processo, desde o pedido até o planejamento de capacidade, IoT (Internet das Coisas) e controle e monitoramento climático baseado em sensor. Isso também inclui visão de IA, para detectar anomalias, coleta de dados de milhares de pontos diariamente, e gerenciamento de tarefas como entrega e faturamento.”

Bjerngaard acredita que a Inteligência Artificial (IA) e a automação, são as principais maneiras de otimizar os custos operacionais na agricultura vertical, como é utilizado na Nextfood.

Foto destaque: Fazenda vertical da Nextfood. Reprodução/NAVA

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