Terrenos virtuais: conheça essa nova tendência no mercado imobiliário

Leo Costa Por Leo Costa
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Metaverse Group, imobiliária especializada em ativos virtuais, adquiriu por equivalente a R$ 13 milhões um terreno virtual, por meio da plataforma imersiva Decentraland. Os amantes e entusiastas de moedas digitais podem comprar terrenos no metaverso da Decentraland como um investimento especulativo, utilizando a criptomoeda Mana, que também foi utilizada na transação para a compra do espaço virtual.  

Segundo a Reuters, o terreno fica em uma área que é chamada de Fashion Street, e será projetado para lojas de roupas, avatares e eventos de moda. 

 

Decentraland é um ambiente imersivo online, melhor conhecido como ”metaverso”, em que usuários podem passear pelos terrenos e comprá-los, conhecer os edifícios e interagir com outras pessoas que estão em seus avatares. Esse metaverso é um tipo específico que usa a tecnologia blockchain. Através de tokens não fungíveis (NFTs), um ativo digital, vários itens e terrenos são comercializados. 


Metaverse group na Decentraland. Foto: Reprodução/Decentraland/Tech Times


Isso é mais outro caso de investimentos em ambientes virtuais e associado ao metaverso. Recentemente, foi a vez da Nike anunciar, dentro do jogo Roblox, seu espaço de imersão virtual, a NikelandNesse espaço, a sede da companhia foi recriada em 3D com a meta de atrair um novo público, novos talentos e mostrar aos fãs uma nova face da marca. A empresa já tinha solicitado ao Escritório de Marcas e Patentes dos EUA o registro dos ativos que levam os seus logos: Jordan, Nike e o famoso slogan Just do It. 

 

Esses ambientes vêm crescendo em popularidade, muito disso devido às medidas de isolamento social que fizeram com que as pessoas ficassem em casa por meses. 

 

A discussão sobre o tema também foi impulsionada pelo fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que mudou para Meta o nome da sua marca corporativa, anunciando investimentos que ultrapassaram US$ 10 bilhões para desenvolver o seu próprio metaverso 

 

A Gemini, empresa de criptomoedas, fez o mesmo. Captou mais de US$ 300 milhões, com a premissa de desenvolver seu universo digital e que, de acordo com os fundadores, vai funcionar de forma aberta, sendo o oposto do que a Meta propõe. 

 

Esse mercado global de realidade virtual só tende a crescer cada vez mais rápido, ultrapassando os US$ 100 bilhões, ainda em 2022. Essa previsão foi feita pela IHS Markit. A Head do Yahoo Creative Studios, Ana Raquel Hernandes, diz que esses movimentos serão mais comuns ao longo dos anos, e novas possibilidades para negócios, eventos e investimentos serão abertas. 

 

“Especialmente em mecânicas de ativação de experiências híbridas. Também acredito que as ferramentas de criação em 3D, como Unity e Unreal Engine, vão se tornar ainda mais populares porque a demanda corporativa pela criação de experiências imersivas e uso de gamificação em produções vai aumentar”, afirma Ana. 

A marca italiana Gucci vendeu, em junho, uma carteira virtual no jogo RobloxO produto foi comprado por um usuário por US$ 4.115, sendo que o mesmo item real custava US$ 2.400, em loja física. Ainda não há dados concretos no quanto o metaverso pode movimentar, mas algumas indústrias relacionadas fazem com que esses números sejam muito promissores. Só a de games já deve ultrapassar mais de US$ 190 bilhões até 2023. 

 

Foto Destaque: Reprodução/Forbes/Getty Images

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