O Youtube informou na última sexta-feira (11) que está bloqueando os canais financiados pelo governo russo, acusados de disseminarem fake news, negar, minimizar e banalizar eventos violentos confirmados. A maioria dos casos envolvem a guerra da Rússia contra à Ucrânia, a qual já completa quase três semanas de ocorrência.
A decisão do bloqueio acontece porque os vídeos em questão descumprem a política regida pelo site. O serviço também avisou que a invasão da Ucrânia pela Rússia se enquadra diretamente nas regras da não disseminação de eventos violentos, e que todos os conteúdos desta natureza serão devidamente removidos sempre que identificados pela equipe do site.
Antes deste pronunciamento efetuado pela plataforma, a mesma já havia bloqueado os principais canais apoiados pelo atual governo do então presidente Vladimir Putin.
O site da plataforma, contudo, não respondeu até o momento sobre o pedido de quais e quantos são os canais bloqueados mundialmente –– ou mesmo se, algum dia, poderão ser restaurados outra vez.
Dashboard do Youtube (Foto: Reprodução/TecMundo)
Boicote virtual à Rússia
Vale lembrar que outras redes sociais já instauraram algum tipo de boicote virtual a contas e publicações russas sobre o conflito armado contra à Ucrânia. O Facebook vetou diversos anúncios e posts vindos da Rússia pela disseminação de notícias falsas, e em resposta, o governo do país bloqueou o acesso total à plataforma em todo seu território e rotulou o site como “extremista”.
O Twitter também se prontificou a censurar todos os tuítes que contivessem algum tipo de fake news ou banalização do conflito na Ucrânia. Em resposta, a Rússia acusou a mídia digital de censura, alegando que a medida fere o direito internacional de liberdade de expressão e bloqueou no país o acesso à rede social.
O Instagram, que pertence à mesma empresa dona do Facebook, a Meta, também teve seu acesso bloqueado no país russo porque, segundo Putin, a plataforma permite a disseminação de mensagens exigindo “o assassinato de russos”.
Foto de destaque: ícone do Youtube sobre bandeira russa. Reprodução/Dado Ruvic.