Cientistas exploram exoplanetas e explicam a descoberta

Beatriz Wicher Por Beatriz Wicher
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Foto Destaque: Exoplanetas são divididos em diferentes categorias (Reprodução/Freepik)

Desde 1992, a astronomia vive um novo capítulo com a confirmação dos primeiros exoplanetas, corpos celestes que orbitam estrelas fora do Sistema Solar. De lá para cá, mais de 5.700 exoplanetas foram identificados, e milhares de outros aguardam verificação. A cada nova descoberta, cientistas mergulham em mundos desconhecidos que vão além do que imaginamos em nosso próprio sistema.

Os exoplanetas variam em tamanho, composição e condições, com alguns se assemelhando aos planetas que conhecemos e outros apresentando características inexplicáveis. Entre os mais comuns estão os planetas do tipo mini-Netuno e Superterra, com dimensões e composições que podem incluir gás, rocha, água e até mares de lava. Alguns cientistas acreditam que esses planetas podem até oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento da vida, mas ainda é preciso estudá-los mais profundamente.


Exoplanetas surpreendem os cientistas (Foto: Reprodução/Alxpin/Getty Images embed)


Descobrindo exoplanetas

Detectar exoplanetas é uma tarefa complexa. O primeiro método bem-sucedido, a velocidade radial, utiliza o efeito Doppler para identificar variações no movimento das estrelas causadas pela influência gravitacional de planetas em órbita. Em 2009, o telescópio espacial Kepler revolucionou a busca ao introduzir o método de trânsito, analisando diminuições no brilho das estrelas para detectar a passagem de exoplanetas à sua frente.

O telescópio Tess, lançado em 2018, também se especializou no método de trânsito, confirmando até agora mais de 500 exoplanetas e investigando milhares de outros candidatos. Outros métodos inovadores, como a imagem direta e a microlente gravitacional, continuam sendo utilizados para refinar a busca por esses corpos celestes enigmáticos.

A cada novo planeta descoberto, o entendimento da composição e da diversidade dos exoplanetas se expande, abrindo portas para mais perguntas sobre a nossa galáxia e a possibilidade de vida em outros cantos do universo.

Tipos de exoplanetas

Entre os tipos de exoplanetas mais conhecidos estão os gigantes gasosos, como os Júpiteres quentes, que podem alcançar temperaturas extremas por estarem muito próximos de suas estrelas. Planetas Netunianos, semelhantes a Netuno e Urano, possuem atmosferas compostas por hidrogênio e hélio e, em alguns casos, núcleos rochosos.

As Superterras, por sua vez, são maiores que a Terra, mas menores que Netuno, com uma grande variedade de características. Elas podem ou não ter uma atmosfera, tornando-as um dos focos das pesquisas sobre habitabilidade. Já os planetas rochosos, como a Terra e Marte, são compostos de rocha e outros minerais, e alguns apresentam oceanos e sinais que indicam a possibilidade de formação de vida.

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