Educação pode ser usada como arma na revolução tecnológica de IA

Helene Ferreira Por Helene Ferreira
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Uma pesquisa da Microsoft indica que a busca por profissionais que desenvolveram competências no campo da tecnologia intensificou nos últimos anos. A avaliação da Microsoft compreende resultados de 31 mil profissionais de 31 países.

O diagnóstico da Microsoft indica que 58% dos líderes brasileiros rejeitam profissionais sem conhecimentos em inteligência artificial. Os executivos percebem que há um déficit de profissionais qualificados no campo.

Esses líderes estão olhando para o futuro e antecipando que, à medida que suas empresas crescem ou se adaptam a novas demandas do mercado, há necessidade de investimento em educação.


Inteligência Artificial (Foto: reprodução/Moment/Yuichiro Chino/Getty Images Embed)


Plano Brasileiro de Inteligência Artificial

O programa envolve passos relacionados à formação de disciplinas e cursos na graduação, além de fomento à pesquisa e ao desenvolvimento. Seu foco está em áreas onde a IA pode ter um impacto significativo, como na busca por equidade no campo da saúde, na segurança pública, além de benefícios para o comércio local, entre outros.

Iniciativas privadas

Empresas como Amazon, Vivo e Santander estão construindo parcerias para estimular o interesse de profissionais para questões ligadas à inteligência artificial por meio de cursos de curta duração. O curso “Inteligência Artificial e Produtividade”, oferecido pelo Santander em parceria com o Google, está com inscrições abertas até o fim do ano. Disponível em português, inglês e espanhol, o workshop é online, tem duração de duas horas e é acessível para qualquer pessoa acima de 16 anos. Já a Vivo, em colaboração com a Dio, lançou um curso de 67 horas voltado para universitários de qualquer área, focando no desenvolvimento profissional. Segundo a consultoria Michael Page, os salários para algumas funções referentes à IA podem variar entre R$ 15 mil e R$ 32 mil.

Executivos de diversas empresas expressam preocupação com a falta de mão de obra qualificada para lidar com essa transformação. Um estudo da Mercer revela que 58% dos líderes acreditam que a IA está avançando mais rápido do que suas organizações conseguem capacitar os trabalhadores. Apesar da expectativa de aumento de produtividade, 75% dos executivos se sentem inseguros sobre a capacidade de suas equipes de se adaptarem. Para enfrentar esses desafios, especialistas sugerem criar um ambiente de trabalho centrado no ser humano, onde a tomada de decisão continua sendo uma responsabilidade humana. A preparação adequada será fundamental para garantir vantagens competitivas, pois a IA requer habilidades analíticas e capacidade de adaptação a novas realidades.

Comunicóloga, jornalista e estudante de Letras.
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