Estrela rara em trajetória de fuga da Via Láctea intriga astrônomos

Rafael Almeida Por Rafael Almeida
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Foto destaque: Cientistas chegaram a pensar que estrela detectada possível serie uma anã marrom (reprodução/X/NASA)

Uma estrela rara, conhecida como J1249+36, foi recentemente detectada viajando a uma velocidade surpreendentemente alta oque pode levá-la a escapar da Via Láctea, a descoberta foi feita pelos cientistas cidadãos, participantes do projeto Backyard Worlds: Planet 9, foram os primeiros a notar o objeto em movimento rápido, que agora é o centro de uma pesquisa intrigante no campo da astronomia.

O objeto, possivelmente uma estrela vermelha tênue, está se movendo a uma velocidade de cerca de 600 quilômetros por segundo, o que equivale a 1,3 milhão de milhas por hora, apenas para comparação, o Sol orbita a Via Láctea a uma velocidade significativamente menor, de aproximadamente 200 quilômetros por segundo.

Se os dados forem confirmados, esta será a primeira estrela de baixa massa conhecida a atingir tal velocidade, um fenômeno raramente observado. A descoberta foi documentada por uma equipe de astrônomos e cientistas cidadãos e aceita para publicação no The Astrophysical Journal Letters.


Imagem conceitual da estrela compartilhada no X (Foto: reprodução/X/MAstronomers)

A estrela foi detectada através de uma combinação de dados coletados por telescópios terrestres e espaciais, incluindo o Observatório W. M. Keck e o telescópio Pan-STARRS. Inicialmente, houve dúvidas sobre a verdadeira natureza do objeto, se seria uma estrela de baixa massa ou uma anã marrom, que e um corpo celeste que não é exatamente uma estrela, mas também não é um planeta, ficando em uma especie de meio termo.

Dois cenários são considerados como possíveis causas da aceleração da J1249+36: uma interação com uma anã branca que explodiu em uma supernova ou uma ejeção de um aglomerado globular por buracos negros binários. Ambos os cenários explicariam a trajetória única da estrela, que pode levá-la a deixar a galáxia em um futuro distante.

Esta descoberta não apenas amplia o entendimento sobre estrelas hipervelozes, mas também oferece uma nova perspectiva sobre a dinâmica e a evolução de objetos celestes de baixa massa.

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