Filha de Bill Gates, Phoebe, estreia nos negócios com startup que une moda e IA
Aos 22 anos, Phoebe Gates dá seus primeiros passos no empreendedorismo com a criação da Phia, uma startup que combina moda e inteligência artificial. A ideia surgiu durante seus anos na Universidade de Stanford, onde conheceu a cofundadora Sophia Kianni. Juntas, criaram uma ferramenta digital que permite ao usuário comparar preços de peças de vestuário […]
Aos 22 anos, Phoebe Gates dá seus primeiros passos no empreendedorismo com a criação da Phia, uma startup que combina moda e inteligência artificial. A ideia surgiu durante seus anos na Universidade de Stanford, onde conheceu a cofundadora Sophia Kianni. Juntas, criaram uma ferramenta digital que permite ao usuário comparar preços de peças de vestuário em mais de 40 mil sites, incluindo lojas de segunda mão, uma espécie de “Google Flights” voltado para a moda.
A proposta chamou a atenção do público rapidamente. Com menos de dois dias de lançamento, o aplicativo atingiu a 21ª posição na App Store, ultrapassando a marca de 100 mil downloads. O sucesso nas redes sociais também impulsionou a visibilidade da dupla, que acumula milhões de seguidores e visualizações em seus perfis.
De estudantes a fundadoras
Phoebe e Sophia se conheceram em Stanford, onde dividiram o dormitório. Da convivência cotidiana surgiu a ideia de desenvolver uma extensão de navegador e um app que, com ajuda da inteligência artificial, avalia preços de roupas e acessórios em diversas plataformas de e-commerce, mais de 40 mil lojas online. Um destaque é a ferramenta “Devo comprar isso?”, que analisa o histórico dos preços para orientar o consumidor sobre o momento ideal para a compra.
Além do aplicativo, Phoebe e Sophia lançaram o podcast “The Burnouts” em colaboração com a Unwell Network. No programa, elas compartilham os desafios de ser jovem empreendedora em Nova York e recebem convidadas influentes, como Kris Jenner e Whitney Wolfe Herd, para debater os obstáculos e conquistas do empreendedorismo feminino.
Phoebe Gates e Sophia Kianni após entrevista no “The Claman Countdown”, ao lado da âncora da Fox, Cheryl Casone, em 13 de maio de 2025 (Foto: reprodução/John Lamparski/Getty Images Embed)
O machismo no empreendedorismo
Apesar do sucesso inicial, Phoebe e Sophia enfrentaram dificuldades comuns entre as mulheres no mundo dos negócios. Em entrevistas ao podcast Call Her Daddy, relataram terem sido questionadas por investidores sobre o impacto que a maternidade teria na gestão da empresa, mesmo que ambas estejam longe de planejar filhos. Phoebe revelou que chegou a ligar para a mãe, Melinda Gates, em busca de apoio. “Ela me disse: ‘Levante-se ou saia do jogo’”, contou.
Determinadas a manter independência, as duas recusaram qualquer financiamento direto da família Gates. Ao todo, a Phia arrecadou US$ 850 mil, somando bolsas acadêmicas, fundos de investimento e aportes de investidores-anjo. Em entrevista ao New York Times, Phoebe destacou que a decisão de não pedir dinheiro aos pais foi para preservar sua independência.
Decisão de não depender da fortuna dos pais
Ainda que Bill Gates seja um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em mais de US$ 117 bilhões, ele já declarou que pretende deixar a maior parte de sua riqueza para a filantropia. Para os filhos, o legado será mais simbólico do que financeiro. No podcast Figuring Out With Raj Shamani, Gates disse que os filhos herdarão menos de 1% de sua fortuna.“Quero dar a eles a chance de conquistar seus próprios ganhos e sucesso”, completou.
Phoebe parece ter entendido o recado. Em vez de depender da herança, escolheu trilhar seu próprio caminho, guiada por conselhos do pai. Um dos mais valiosos, segundo relatou, foi a importância de cercar-se de pessoas tecnicamente mais preparadas, incluindo ter ao lado uma sócia de confiança.
