Google levanta bandeira contra a violência doméstica em nova iniciativa. Ao pesquisar por “violência contra a mulher” na ferramenta de busca, em vez de exibir apenas as notícias mais recentes, a plataforma agora redireciona os usuários para serviços de apoio às vítimas. Esse tipo de recurso já está em funcionamento em países como Estados Unidos, Argentina, Bolívia, entre outros.
Luisa Phebo, líder de parcerias estratégicas de impacto social da plataforma na América Latina afirma:
“A violência doméstica é um problema social que requer uma resposta coletiva. Ajudar as vítimas a encontrar rapidamente um contato para suporte faz parte da nossa missão de tornar a informação universalmente acessível”.
Google levanta bandeira contra a violência doméstica (Foto: reprodução/studiostockart/Getty Images Embed)
Aumento de casos de violência doméstica
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), dados que constituem o relatório “O Poder Judiciário na Aplicação da Lei Maria da Penha: ano 2022”, que engloba a atuação do Poder Judiciário na aplicação da Lei Maria da Penha, apontam 640.867 mil processos de violência doméstica e familiar ou feminicídio em 2022.
No mesmo período, foram proferidas 399.228 mil sentenças. e, no ano passado, os números de casos registrados aumentaram. A estatística é revelada no novo boletim Elas Vivem: liberdade de ser e viver, divulgado em 2024. Foram registradas 3.181 mulheres vitimadas, apresentando um aumento de 22,04%.
1 mulher é morta a cada 6 horas no Brasil
Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no país em 2023. Por isso, o Ministério das Mulheres lançou também a campanha “Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”. A campanha trata de questões que passam pela violência psicológica, física e moral que muitas mulheres sofrem diariamente, simplesmente por serem mulheres.
A violência doméstica tem consequências amplas e profundas que afetam não apenas as vítimas diretas, mas também a sociedade como um todo. Crianças expostas à violência doméstica têm maior probabilidade de desenvolver problemas emocionais, cognitivos e comportamentais. Isso pode afetar seu desempenho escolar, suas interações sociais e suas perspectivas futuras.