Instagram reforça controles para adolescentes e adota diretrizes no estilo PG-13

Jovens também não poderão seguir contas com conteúdo inadequado, e o chatbot de IA da Meta será ajustado para evitar respostas impróprias plataforma vai ocultar

15 out, 2025
Logo da Rede Social Instagram | Reprodução/Ismail Aslandag/Anadolu/Getty Images Embed)
Logo da Rede Social Instagram | Reprodução/Ismail Aslandag/Anadolu/Getty Images Embed)

O Instagram anunciou nesta terça-feira (14) uma nova rodada de medidas para reforçar a segurança de adolescentes na plataforma. A rede social, pertencente à Meta, vai alinhar as configurações das chamadas “Contas para Adolescentes” às diretrizes usadas em filmes classificados como PG-13  categoria que permite algum conteúdo sugestivo, mas com restrições a temas inapropriados para menores de 13 anos.

Privacidade e filtros automáticos

A mudança amplia o pacote de proteções lançado no ano passado, que já incluía limites de privacidade e filtros automáticos contra publicações sobre violência, procedimentos estéticos ou automutilação. Agora, o aplicativo passará a ocultar ou deixar de promover postagens com linguagem forte e que incentivem comportamentos considerados perigosos, como acrobacias arriscadas ou o uso de drogas, incluindo maconha.

Adolescentes também não poderão seguir contas que compartilhem conteúdo inadequado para a idade. Aqueles que já acompanham perfis desse tipo perderão o acesso às postagens, comentários e mensagens diretas dessas contas. Além disso, o Instagram vai bloquear novos termos de busca, como “álcool” e “gore”, para impedir o acesso a conteúdos sensíveis.

Outro foco da atualização é o chatbot de inteligência artificial da Meta, que será ajustado para não oferecer respostas impróprias. Segundo a empresa, as interações com a IA devem seguir o mesmo padrão de um filme PG-13, evitando qualquer linguagem ou comportamento fora desse limite.

Mudou por conta das críticas

O movimento ocorre enquanto governos de vários países discutem regras mais rígidas para o uso de redes sociais por jovens. Na semana passada, a primeira-ministra da Dinamarca anunciou que crianças com menos de 15 anos serão proibidas de usar plataformas sociais, salvo com autorização dos pais a partir dos 13.


Um celular com algumas redes sociais (Foto: Reprodução/Jonathan Raa/NurPhoto via Getty Images Embed)

As mudanças ocorrem em meio a críticas crescentes sobre a eficácia das proteções oferecidas aos jovens. Um estudo recente de grupos de defesa da segurança infantil apontou que 60% dos adolescentes de 13 a 15 anos ainda encontraram “conteúdos inseguros ou mensagens indesejadas” mesmo com as configurações ativadas. A Meta rebateu o relatório, afirmando que ele é tendencioso e ignora experiências positivas relatadas por usuários.

A empresa também reagiu a reportagens da Reuters e do “Wall Street Journal” que denunciaram interações inadequadas entre o chatbot e adolescentes. Em resposta, a Meta informou que está reformulando o comportamento de suas IAs e limitando os personagens disponíveis para menores.

A nova atualização será liberada inicialmente para usuários adolescentes nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Canadá, e chegará aos demais países nos próximos meses. Além disso, os pais poderão ativar a função “Conteúdo Limitado”, que reforça os filtros e restringe interações e comentários em postagens.

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