ChatGPT entra no mundo adulto: OpenAI vai permitir conteúdo erótico com verificação de idade
Sam Altman anuncia que o assistente da OpenAI vai liberar conteúdo erótico para adultos verificados, provocando debate sobre ética e liberdade digital
Na segunda-feira (21), uma publicação de Sam Altman no X (antigo Twitter) deixou a internet em alvoroço. Ele revelou que, a partir de dezembro, o assistente da OpenAI poderá gerar conteúdo erótico para adultos com verificação de idade. Apesar da novidade, o material será criado de forma a evitar que menores tenham acesso. Para quem utiliza o recurso no dia a dia — estudando, trabalhando ou pedindo conselhos —, a notícia foi inesperada.
A plataforma, uma das mais populares do mundo, vai se aventurar em um campo até agora pouco explorado. A principal dúvida agora é como isso vai funcionar — e até onde essa liberdade poderá ir.
A expectativa agora é grande entre os usuários. Muitos querem saber quais limites serão estabelecidos e como o conteúdo será moderado. Nos bastidores, equipes da OpenAI já discutem detalhes técnicos e regras para que a experiência seja segura e responsável.
Reações imediatas
Nos grupos de tecnologia e fóruns, o assunto dominou as conversas. Parte do público comemorou a novidade, vendo espaço para mais liberdade criativa. Outros, porém, demonstraram preocupação, falando em dilemas éticos, possíveis riscos legais e até distorções de uso. Logo surgiram comparações com outros assistentes, como o da xAI de Elon Musk, que já flerta com experiências de tom sexual.
Ok this tweet about upcoming changes to ChatGPT blew up on the erotica point much more than I thought it was going to! It was meant to be just one example of us allowing more user freedom for adults. Here is an effort to better communicate it:
As we have said earlier, we are… https://t.co/OUVfevokHE
— Sam Altman (@sama) October 15, 2025
Publicação de Sam Altman no X (antigo Twitter) sobre conteudo erótico (Foto: reprodução/X/@sama)
“O erotismo sempre teve papel importante em como usamos novas tecnologias”, observou o economista Mark Valorian. Entre desenvolvedores e curiosos, o assunto seguiu girando em torno de segurança, limites e do impacto que isso pode ter no comportamento das pessoas.
Altman, por sua vez, acalmar os ânimos. Garantiu que o recurso será totalmente opcional, que nada será exibido sem consentimento e que a OpenAI quer equilibrar leveza com responsabilidade.
Entre ética e entretenimento
O formato ainda é um mistério. Textos, imagens e vídeos curtos estão entre as possibilidades. Há também a ideia de incorporar vídeos virais para tornar tudo mais dinâmico e interativo. O anúncio dividiu opiniões. “Mais uma forma de desumanizar mulheres?”, questionou a artista Luna Bean em seu perfil. Já o engenheiro Roubal Sehgal viu com bons olhos: “O assistente da OpenAI andava sério demais. Se voltar a ser leve, mas com segurança, melhor ainda”, comentou.
Essa decisão abre um novo capítulo para o assistente da OpenAI e talvez para o próprio uso da tecnologia no cotidiano. Tecnologia, desejo e ética se cruzam em um território ainda sem mapa definido. E, como toda fronteira nova, promete causar polêmica, curiosidade e muito debate.
