OpenAI firma parceria com Condé Nast: O futuro da inteligência artificial e do jornalismo

Barbara Souza Por Barbara Souza
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Foto Destaque: Sam Altman, CEO da OpenAI, liderando a empresa em sua mais nova parceria com a Condé Nast. (Reprodução/spainlife)

Em um movimento que sinaliza uma nova era na relação entre inteligência artificial e jornalismo, a OpenAI, liderada por Sam Altman, anunciou uma parceria com a Condé Nast, a editora por trás de ícones como Vogue e The New Yorker. Este acordo permitirá que os modelos da OpenAI, incluindo o ChatGPT e o protótipo SearchGPT, sejam treinados com conteúdos dessas marcas renomadas


OpenAI destaca a importância da parceria com a Condé Nast. (Foto: Reprodução/IAm/Divulgação)

A parceria entre a OpenAI e a Condé Nast vai além de um simples acordo comercial. Ela representa uma mudança significativa na forma como as empresas de tecnologia e as editoras estão se relacionando. Durante anos, gigantes da tecnologia como o Google dominaram a distribuição de conteúdo na internet, deixando os veículos de mídia tradicionais lutando para monetizar seu trabalho. Agora, a OpenAI, apoiada pela Microsoft, está emergindo como uma nova força nesse cenário, buscando não apenas exibir, mas também aprender com os conteúdos das principais marcas jornalísticas.

Parceria entre Condé Nast e OpenAI

Roger Lynch, presidente executivo da Condé Nast, destacou que esta parceria começa a compensar a perda de receitas que as mídias digitais e impressas vêm enfrentando ao longo da última década. Em um memorando interno, Lynch afirmou que essa colaboração representa uma oportunidade de manter a relevância e a sustentabilidade dos veículos da Condé Nast em um ambiente digital cada vez mais competitivo.

Algumas organizações de mídia, como The New York Times e Intercept, já processaram a OpenAI por questões relacionadas aos direitos autorais de seus conteúdos. O diretor de operações da OpenAI, Brad Lightcap, reconheceu esses desafios, mas reforçou o compromisso da empresa em trabalhar de forma colaborativa com seus parceiros de notícias, garantindo que a IA mantenha a precisão e a integridade das reportagens.

Vogue e sua história que atravessa gerações


Revista icônica Vogue. Foto: Reprodução/ Bmmagazine/@shutterstock

Fundada em 1892, a Vogue começou como uma simples revista semanal de moda e alta sociedade em Nova York, abordando temas como moda, etiqueta e estilo de vida. O fundador, Arthur Baldwin Turnure, idealizou a publicação como um reflexo do estilo e da sofisticação das elites da época.

Em 1909, a Condé Nast adquiriu a revista, e foi sob a liderança de Condé Montrose Nast que a Vogue começou a se transformar no ícone global que conhecemos hoje. Nast viu potencial na revista para expandir seu alcance e influência, e foi responsável por torná-la uma publicação mensal, além de internacionalizar a marca. Sob sua direção, a Vogue passou a enfatizar a fotografia de moda, atraindo alguns dos melhores fotógrafos e artistas da época.

Ao longo do século XX, a Vogue se estabeleceu como a “bíblia da moda”, definindo tendências e influenciando a indústria como nenhuma outra publicação. Editores lendários como Diana Vreeland e Anna Wintour ajudaram a moldar a revista, cada uma trazendo sua visão única.

Hoje, a Vogue continua a ser uma força dominante na indústria da moda, com edições em vários países, com presença digital, e continua a influenciar não apenas o que as pessoas vestem, mas também como a moda é percebida no contexto da cultura global.

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