A SpaceX, empresa de exploração espacial liderada por Elon Musk, atingiu mais um marco importante no desenvolvimento da Starship, o maior e mais poderoso foguete já construído. Durante o quinto voo de teste, ocorrido no domingo (13), o propulsor Super Heavy foi recuperado com sucesso, retornando à base de lançamento em Boca Chica, Texas. O momento foi registrado em vídeo por Kimbal Musk, irmão de Elon Musk, e compartilhado no X (antigo Twitter), destacando a captura do propulsor pelos “hashis” – grandes pinças de metal projetadas para recuperar o equipamento.
O foguete Super Heavy decolou às 9h25 (horário de Brasília), e a nave Starship não tripulada, que estava acoplada ao propulsor, continuou sua jornada em direção ao espaço antes de realizar um pouso controlado no Oceano Índico. O foco da missão, no entanto, foi testar a tecnologia de recuperação do Super Heavy, um componente fundamental para os planos da SpaceX de reutilizar partes dos foguetes em futuras missões espaciais.
O foguete Super Heavy retorna à base de lançamento, sendo capturado pelos braços de metal “hashis” (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sergio Flores)
O papel dos “hashis” e da Mechazilla na recuperação do Super Heavy
Um dos diferenciais desse teste foi o uso dos “hashis”, enormes braços metálicos fixados em uma torre apelidada de “Mechazilla”. A SpaceX desenvolveu essa torre especialmente para capturar o Super Heavy no ar, substituindo as pernas de pouso presentes no foguete Falcon 9, também da empresa. Ao invés de aterrissar de forma autônoma, como o Falcon 9, o Super Heavy é trazido de volta à Terra pelos braços da Mechazilla, uma inovação projetada para acelerar o processo de recuperação e reutilização dos foguetes.
A expectativa de Elon Musk é que essa tecnologia permita reabastecer e lançar os foguetes em questão de minutos após o retorno, talvez até em 30 minutos. Isso traria uma revolução no setor espacial, reduzindo drasticamente o tempo e o custo de futuras missões, o que se alinha ao objetivo da SpaceX de tornar as viagens espaciais mais acessíveis.
O impacto da reutilização dos foguetes no futuro das missões espaciais
A SpaceX já demonstrou a eficiência da reutilização de propulsores com o Falcon 9, que completou mais de 330 lançamentos e permitiu que os custos operacionais da empresa fossem significativamente reduzidos. A introdução de uma tecnologia ainda mais sofisticada com o Super Heavy e a Starship é vista como o próximo passo para missões mais ambiciosas, como viagens à Lua e Marte.
Com o Super Heavy oferecendo cerca de 10 vezes mais empuxo do que o Falcon 9, a SpaceX aposta que essas inovações tornarão viável o transporte de grandes cargas e, futuramente, até de tripulações humanas para destinos mais distantes no espaço profundo. Esses avanços estão alinhados com o plano de Musk de colonizar Marte e estabelecer bases autossustentáveis fora da Terra, tornando a exploração espacial uma realidade cada vez mais próxima.