Tecnologia inovadora chinesa pode prolongar vida de baterias com safira artificial
Novidade representa avanço na produção de chips com maior eficiência energética
Cientistas chineses fizeram uma descoberta que pode representar um avanço significativo na tecnologia de chips ao desenvolver “wafers dielétricos” feitos de safira artificial. A pesquisa é considerada inovadora na área, principalmente por estabelecer uma base para chips mais eficientes em termos de consumo de energia.
A descoberta pode ter um grande impacto na indústria, à medida que os aparelhos eletrônicos vêm se tornando menores e mais potentes. O desafio de criar transistores que possam operar de forma eficiente em escalas manométricas se intensificou, e um dos principais obstáculos tem sido a eficácia dos materiais dielétricos, que atuam como isolantes em chips.
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Produção de chips e parte essencial da indústria de tecnologia (Foto: reprodução/E+/PonyWang/Getty Images Embed)
Em dimensões extremamente reduzidas, como as presentes nos modernos smartphones, esses materiais perdem parte de sua capacidade isolante, o que contribui para o superaquecimento e a baixa duração da bateria desses dispositivos.
Pesquisa foi liderada por grupo chinês
O Instituto de Microssistemas e Tecnologia da Informação de Xangai, parte da Academia Chinesa de Ciências, foi responsável por liderar essa pesquisa inovadora. A equipe desenvolveu wafers dielétricos de safira artificial através de um processo inédito de oxidação por intercalação.
“o óxido de alumínio que criamos é essencialmente safira artificial, idêntica à safira natural em termos de estrutura cristalina, propriedades dielétricas e características de isolamento”
Tian Zi’ao, cientista envolvidos no projeto
Chips de IA podem ser um dos grandes beneficiários dessa pesquisa
A pesquisa detalha que a safira cristalina resultante desse processo apresenta um nível de vazamento elétrico excepcionalmente baixo, até mesmo em escalas de apenas um nanômetro. Essa característica é fundamental para o desenvolvimento de chips que não apenas consomem menos energia, mas que também prolongam a vida útil da bateria dos dispositivos, abrindo portas para avanços significativos em áreas como inteligência artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), podendo ser um grande trunfo em um mundo onde a tecnologia vem buscando a eficiência máxima.
