No Norte do país, três rios da Bacia Amazônica atingiram a maior baixa já registrada. De acordo com registros divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), o Rio Madeira, em Manicoré chegou a medir 1,10 metros; o Rio Solimões, em Manacapuru, a média foi de 3,61 metros; e o Rio Amazonas, em Itacoatiara, ficou em 90 centímetros. Ao todo 59 municípios do estado do Amazonas estão em estado de emergência, alguns moradores precisaram abandonar suas casas e 70 comunidades do município de Itacoatiara estão isoladas.
Maior seca da história
Os meses de julho a outubro são conhecidos por serem o período de seca na região norte do Brasil, mas este ano está chegando a marcas históricas. O Rio Negro, no Amazonas, atingiu nesta quinta-feira (19) 13,29 metros, o menor nível já monitorado do rio amazônico e parece cada vez mais estrito. A situação é alarmante a seca deste ano já afetou mais de 450 mil pessoas em todo o estado, principalmente em comunidades mais afastadas, como Ribeirinhas, que depende de embarcações para abastecer a população, enfrentam escassez de água potável e de alimentos.
Rio Negro tem menor marca registrada desde 2010 quando chegou a 13,63 metros. (Foto: Reprodução/X/Ricardo Olveira/Cenarium Amazônia)
Ação do governo
Um gabinete de crise foi montado pelo Governo Federal para monitorar os prejuízos da seca no norte do país. O governo do Estado de Amazonas vem executando diversas ações para que a Zona Rural não fique desabastecida, como a abertura de 30 poços artesianos e distribuição de cestas básicas para a população. O prefeito de Manaus, David Almeida, prometeu auxílio para comerciantes com barracas em locais que estão sendo afetados pelo fechamento de áreas turísticas.
Foto destaque: Morador da região de Tefé, município de Amazonas, carrega galão de aguá potável. Reprodução/Lalo de Almeida/ Folhapress/Folha de São Paulo.
