De acordo com António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), 89 membros da Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina no Oriente (UNRWA) morreram desde o início do conflito entre Israel e Palestina. Outros 26 ficaram feridos. Agência possui 13 mil funcionários em Gaza.
Números nunca vistos antes
O secretário-geral reforçou, em publicação nas redes sociais, que não há na história da ONU um número tão expressivo de mortes de funcionários em trabalho como agora, e que dados são preocupantes. Além dos próprios funcionários, membros das famílias também morreram.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”en” dir=”ltr”>More <a href=”https://twitter.com/UN?ref_src=twsrc%5Etfw”>@UN</a> aid workers have been killed in recent weeks than in any comparable period in the history of our organization.<br><br>I join in the mourning of 89 of our <a href=”https://twitter.com/UNRWA?ref_src=twsrc%5Etfw”>@UNRWA</a> colleagues who have been killed in Gaza – many of them with members of their family.</p>— António Guterres (@antonioguterres) <a href=”https://twitter.com/antonioguterres/status/1721709054836265132?ref_src=twsrc%5Etfw”>November 7, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Situação da ONU no conflito
No dia 31 de outubro, o porta-voz de Guterres, Séphane Dujarric, comunicou à imprensa que um funcionário do Alto Comissariado da ONU demitiu-se por estar insatisfeito com o posicionamento da instituição diante do que chamou de “genocídio palestino”. A carta de demissão foi assinada por Craig Mokhiber, que foi diretor do Escritório de Direitos Humanos em Nova York. O acontecimento repercutiu na mídia e gerou questionamentos sobre o papel da organização no conflito que se iniciou em 7 de outubro.
Desde o início da guerra, a ONU tem atuado diretamente na Faixa de Gaza por meio da UNRWA. Com boa parte de suas agências destruídas durante os bombardeios israelenses, a agência abriga civis em escolas, muitas das quais já foram atacadas, com relato de mortos e feridos.
Os esforços por corredores humanitários
Desde que Israel bloqueou a entrada de recursos vitais em Gaza, como alimentos e água, cresceu o apelo da comunidade internacional pela criação de corredores humanitários. Tel Aviv disse se opor à decisão por receio de que armas cheguem até o Hamas disfarçados de ajuda humanitária. À medida que o confronto se intensificou e o número de mortos aumentou, cresceu a pressão para que Israel abrisse os corredores. A principal passagem fica em Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito. No dia 29 de outubro, cerca de 24 caminhões chegaram a Gaza levando suprimentos médicos, alimentos e água. Rafah é considerado um ponto estratégico pela comunidade internacional, de onde estão sendo resgatados civis estrangeiros de diversos países, inclusive do Brasil.
Foto Destaque: António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (Foto: Reprodução/ONU/Jean-Marc Ferré)