PF prende suspeitos que planejavam ataques terroristas no Brasil

Sofia Souza Por Sofia Souza
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Uma operação da Polícia Federal realizada na manhã desta quarta-feira (8) prendeu dois homens e cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. Segundo as investigações, os suspeitos são ligados ao grupo terrorista libanês Hezbollah e estariam arquitetando ataques contra a comunidade judaica no país. 

De acordo com o inquérito, o grupo planejava promover atentados contra prédios da comunidade judaica no Brasil, inclusive sinagogas, locais considerados sagrados, em que os judeus constumam se reunir para celebrar rituais e fazer orações. 

Em nota, a PF declarou que a operação desta quarta-feira (8) tem o objetivo de “interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país”.

Alvos da operação

A operação, nomeada como “Trapiche”,  prendeu dois brasileiros e expediu mandados de prisão para outros dois suspeitos, descendentes de libaneses que estão no Líbano. Os alvos estão na chamada “Difusão Vermelha” da Interpol, ferramenta de cooperação internacional entre as polícias.

Segundo relatório da PF, um dos presos foi detido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Ele teria sido surpreendido pelos policiais logo após uma viagem pelo território libanês. A identidade dos suspeitos não foi divulgada. 


Membros do Hezbollah se preparam para marcha em funeral. (Foto:Reprodução/AFP)


Lei Antiterrorismo 

Os suspeitos detidos prestarão depoimento à Polícia Federal ainda nesta quarta-feira(8). Eles serão indiciados por crimes que, somados, podem levar a penas que chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão. 

Entre os possíveis crimes que serão enquadrados aos suspeitos está a Lei Antiterrorismo, que sugere que as condutas previstas sejam equiparadas a crimes hediondos. Isso significa que o preso não pode ser solto pagando fiança, que o crime não prescreve e que a pena é cumprida inicialmente em regime fechado, mesmo antes da condenação definitiva.

 

Foto destaque: “Operação Trapiche” realizada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (8). (Reprodução/Agência Brasil)

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