Forte onda de calor no país afeta principalmente a terceira idade

Beatriz Lima Por Beatriz Lima
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Nessa terça-feira (14), a sensação térmica do estado do Rio de Janeiro bateu o registro de 58,5 graus Celsius. Devido às altas temperaturas constantes desde o final de semana, a Prefeitura da cidade realizou 22 atendimentos classificados como emergenciais. Entretanto, não é apenas esse local que enfrenta uma forte onda de calor; o resto da população também sofre, especialmente os idosos.


Termômetro representando o calor intenso (Foto: reprodução/VladisChern/Shutterstock)


A desidratação e os idosos

De acordo com informações divulgadas por Leonardo Brando de Oliva, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o maior perigo para a terceira idade diante da onda de calor que o território brasileiro vem enfrentando é ligado principalmente à desidratação. Ele afirma que essa faixa etária é mais propensa a se desidratar: “O idoso já é mais suscetível à desidratação do que as outras pessoas, de outras faixas etárias, tanto pela diminuição da quantidade de água no corpo, quanto, também, por redução de alguns mecanismos que protegem da desidratação”.

O perigo da desidratação

Nessa linha de raciocínio, o principal mecanismo protetor da desidratação é o ato de sentir sede. Contudo, de acordo com Roni Mukamal, superintendente e geriatra de medicina da MedSênior, essa defesa do organismo envelhece e se desgasta conforme o ser humano fica cada vez mais velho. Logo, mesmo que seja necessário e vital, é bem comum que os idosos não sintam sede.

Mukamal explica o que acontece com o organismo diante o calor extremo: “Temos vários mecanismos de compensação do calor. E a gente compensa o calor, muitas vezes, através da produção do suor. Quando suamos, é uma forma de a gente resfriar o corpo. Só que isso tem limite: quando o calor é extremo ou contínuo, esse suor acaba não sendo suficiente. Aí, pode ser que aconteça, além do suor excessivo, a desidratação. No caso do idoso, às vezes, ele não percebe que está desidratando, perdendo líquido e ficando exposto. Aí vêm as complicações do excesso de calor. Então, é importante que o idoso tome líquido regularmente, independentemente da temperatura ou de sentir necessidade’’, disse o geriatra.

Segundo um alerta vermelho do INMET, as altas temperaturas devem durar em todo país até a sexta-feira (17).

Foto Destaque: Idoso em uma forte onda de calor em foco. (Reprodução/New Africa)

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