Em conversa com Macron, Putin expõe expectativas para o futuro da guerra

Mateus da Assunção Por Mateus da Assunção
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Dando prosseguimento aos trâmites diplomáticos envolvendo a Guerra da Ucrânia, Vladimir Putin exige que tropas “nacionalistas” no território Mariupol entregassem suas armas. O presidente russo deu tal declaração em telefonema com o chefe executivo da França Emmanuel Macron. Putin se refere ao Batalhão de Azov, grupo nacionalista que domina a região no litoral do Mar de Azov.

De acordo com o presidente russo, seria impossível enviar missões humanitárias para a região, exigindo que as forças ucranianas abandonassem suas armas. A cidade portuária tem sido grande alvo das tropas russas durante os mais recentes dias de conflito.


Macron e Putin em encontro na Rússia (Foto: Reprodução/Sputnik Kremlin/AP)


A cidade se encontra em cerco, além de ser vítima de constante bombardeio. O local ainda conta com falta de comida, remédio, energia e água potável. Os cidadãos ucranianos na região foram, em 21 de março, persuadidos a se renderem com a promessa de que poderiam deixar a região.

O Kremlin garante estar fornecendo “medidas de assistência humanitária urgente” para a população que ainda não conseguiu ser evacuada da região. Do outro lado, Macron promete estar tentando uma operação internacional para retirar a população da cidade, mas também disse que o plano dependia dos avanços nas negociações de Putin com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Outro assunto debatido entre os líderes foi a exigência russa de que os pagamentos de gás natural russo seja feito em rublos. Segundo informações oficiais do Governo da França, o chefe teria rejeitado a exigência.

Na semana passada, o Kremlin adotou uma dura posição frente às sanções que União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos lançaram contra Moscou. A reação russa envolve a recusa do pagamento para seu gás e petróleo em dólares ou euros. O G7 considerou a posição “inaceitável”.

Antes de conversar com o presidente russo, Macron participou de uma reunião ao vivo comandada pelo presidente Joe Biden com a participação de Boris Johnson (Reino Unido), Olaf Scholz (Alemanha) e Mario Draghi (Itália).

Foto Destaque: Reprodução/Getty Images 

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