PSB indica Alckmin como vice de Lula na briga pelo Planalto nesta sexta (08)

Wendal Carmo Por Wendal Carmo
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O Partido Socialista Brasileiro (PSB) deve indicar formalmente o nome do ex-governador Geraldo Alckmin como pré-candidato a vice na chapa presidencial encabeçada pelo ex-presidente Lula (PT) nesta sexta-feira (08). O ato simbólico ocorre em hotel da Zona Sul de São Paulo, e conta com a presença da cúpula das duas legendas.

Gleisi Hoffman (PT) e Carlos Siqueira (PSB), presidentes das siglas, respectivamente, participam do encontro.

Sob o encontro pesam expectativas de que problemas enfrentados nos estados sejam resolvidos. O palanque de São Paulo é o mais gritante deles. O PT quer ter a cabeça de chapa com o ex-prefeito da capital paulista, Fernando Haddad. Márcio França, porém, também quer o Palácio dos Bandeirantes e, por isso, pressiona para que o PSB não abra mão da sua candidatura.

Adversários históricos, Lula e Alckmin se enfrentaram no segundo turno das eleições presidenciais de 2006, quando Alckmin ainda estava no PSDB.

Em dezembro passado, Alckmin deixou o tucanato após três décadas de partido – o movimento foi visto como aceno a Lula, que já havia iniciado as articulações para levar o ex-governador para a chapa presidencial.


Adversários históricos, Lula e Alckmin se enfrentaram no segundo turno das eleições presidenciais em 2006. Diário do Centro do Mundo/Reprodução


Partidos como o Solidariedade, de Paulinho da Força, , o PSD, de Gilberto Kassab, o União Brasil, de Luciano Bivar, o PSB, de Carlos Siqueira, e até o PDT, de Ciro Gomes, sondaram Alckmin sobre uma possível filiação.

Em março, ele cravou seu abrigo partidário no PSB. No primeiro discurso pós-filiação, o socialista defendeu a aliança da legenda com Lula e disse que o petista seria aquele que, atualmente, “melhor reflete o sentimento de esperança do povo brasileiro”.

Uma possível aliança era ventilada desde o segundo semestre de 2021. A informação foi antecipada pela jornalista Mônica Bergamo, e confirmada pela coluna. À época, as conversas estavam avançadas. França e Haddad foram os principais interlocutores dessa aliança.

A estratégia do PT era ampliar o campo de visão como forma de atrair um eleitorado de centro, que ainda não está com voto consolidado no petista. Alckmin, portanto, seria esse nome. A aliança, porém, enfrentou inicialmente forte resistência de lideranças do partido.

Foto destaque: Geraldo Alckmin (PSB) e Lula (PT) se encontram durante jantar em SP. Ricardo Stukert/Flickr

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