Em um movimento que reflete divisões políticas e tensões crescentes, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos rejeitou, na última votação, a aprovação do envio de 17,6 bilhões de dólares em ajuda a Israel.
A controvérsia, que polarizou democratas e republicanos, também revelou divergências dentro do próprio partido do presidente Joe Biden. A decisão, que teve 167 democratas votando contra, ocorreu em meio à ameaça de veto por parte do presidente Biden, evidenciando as complicações da política externa norte-americana.
Motivos do veto
O cerne do desacordo está na busca por mais fundos para Israel pelos conservadores, especialmente influenciados pelo ex-presidente Donald Trump, enquanto alguns democratas insistem em incluir a Ucrânia no pacote de ajuda.
A recusa em liberar os fundos para Israel pode indicar um impasse entre o executivo e o legislativo norte-americano, refletindo nas tensões entre as duas maiores forças políticas do país.
Os republicanos, seguindo a linha traçada por Trump, buscam mais recursos para Israel, enquanto alguns democratas argumentam que é imperativo incluir a Ucrânia no mesmo pacote de ajuda.
Comboio entra na Faixa de Gaza
Em meio a esse cenário, um comboio da ONU com ajuda humanitária foi autorizado a entrar na Faixa de Gaza, composto por 20 caminhões permitidos pela passagem de Rafah.
Tensões com a Rússia
O presidente Biden enfatizou a urgência de apoiar a Ucrânia, sublinhando que apoiar o projeto de lei representaria um desafio direto ao presidente russo Vladimir Putin. A oposição à aprovação, portanto, poderia ser interpretada como uma concessão à liderança russa, agravando ainda mais as tensões geopolíticas.
Embora os Estados Unidos sejam o principal apoiante militar da Ucrânia, a liberação de novos fundos enfrenta obstáculos, apesar das demandas expressas por Biden e pelo presidente ucraniano Zelensky.
As últimas visitas de Zelensky a Washington não resultaram em avanços significativos, mostrando que os EUA enfrentam dificuldades para manter seu papel de suporte à nação ucraniana diante das crescentes ameaças geopolíticas.