Após quase dois anos desde o início da guerra, ambas as partes enfrentam desafios tanto no lado diplomático quanto no próprio campo de batalha. Os próximos meses devem ser cruciais e moldarão não apenas o futuro dessa guerra, mas também o contexto geopolítico como um todo.
Atualmente, o país comandado por Volodymyr Zelensky vem resistindo, porém nos últimos tempos tem enfrentado alguns revezes como por exemplo, uma ajuda no valor de 60 bilhões de dólares para compra de equipamentos, principalmente munições, que está empacada no Congresso dos Estados Unidos.
Guerra em Israel mudou o foco da mídia internacional
Outro ponto a ser considerado é que a guerra de Israel em Gaza tem mobilizado a atenção da mídia internacional, fazendo com que a guerra na Ucrânia fique em segundo plano na opinião pública.
Nos próximos meses, as eleições nos Estados Unidos podem causar uma mudança completa no cenário da guerra, pois se o favorito na disputa, Donald Trump, retornar à Casa Branca, pode tornar a vida de Zelensky mais complicada. Trump foi claro ao declarar que, caso seja eleito, deixará de ajudar a Ucrânia.
Agora, entrando no terceiro ano da guerra, a ajuda tanto da União Europeia quanto dos Estados Unidos tem se tornado cada vez mais vital para a Ucrânia. Isso é especialmente verdadeiro após o país ter sido obrigado a retirar suas tropas de Avdiivka, em Donetsk, na semana passada, marcando a maior derrota sofrida pelo exército ucraniano desde maio do ano passado.
Crise humanitária
No lado humanitário, estima-se que o conflito já tenha deslocado 14 milhões de ucranianos de suas casas, o que equivale a cerca de um terço da população. Além disso, a guerra também ocasionou cerca de 6,5 milhões de refugiados para países vizinhos, criando uma das maiores crises migratórias da Europa.
Agora a Ucrânia se prepara para entrar no terceiro ano da guerra em um momento onde muitos dos fatores determinantes para o seu futuro não estão em suas mãos, tornando este período possivelmente o mais delicado desde o início da guerra.