O Brasil enfrenta uma triste realidade: o aumento preocupante dos casos de feminicídio. No ano passado, foram registrados 1.463 casos de mulheres vítimas desse crime hediondo, equivalente a cerca de um caso a cada seis horas. Esses números representam o maior registro desde a criação da lei contra feminicídio, em 2015.
Nesta quinta-feira (7), o relatório divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) indicou um aumento de 1,6% no número de feminicídios em comparação com o ano de 2022. Dezoito estados registraram uma taxa de feminicídio superior à média nacional, estabelecida em 1,4 mortes para cada 100 mil mulheres.
Mato Grosso lidera, seguido por Acre, Rondônia e Tocantins
Mato Grosso registrou a maior taxa de feminicídio em 2023, com 2,5 mulheres mortas por 100 mil habitantes. Em segundo lugar, empatados, estão Acre, Rondônia e Tocantins, com uma taxa de 2,4 mortes por 100 mil mulheres. O Distrito Federal aparece em terceiro lugar, com uma taxa de 2,3 por 100 mil mulheres.
Apesar de a Região Sudeste apresentar a menor quantidade de casos em comparação com o restante do país, foi onde se observou o maior crescimento de feminicídios em um ano. O número de vítimas passou de 512 em 2022 para 538 em 2023.
Perfil das vítimas
Segundo o relatório, a maioria das vítimas de feminicídio tem entre 18 e 44 anos, representando 71,9% do total. Além disso, há uma prevalência de mulheres pretas e pardas entre as vítimas, totalizando 61,1%.
Como denunciar
Para obter assistência em casos de emergência, entre em contato com a Polícia Militar ligando para o número 190. O serviço de atendimento telefônico é gratuito e está disponível 24 horas por dia para garantir uma resposta imediata às suas necessidades.
Caso esteja enfrentando situações de violência doméstica e queira fazer uma denúncia, pode ligar para o número 180, que corresponde à Central de Atendimento à Mulher do governo federal. Esse serviço registra e encaminha as denúncias para os órgãos competentes, além de oferecer informações sobre os direitos das mulheres.
Caso não se sinta confortável em utilizar o telefone, você também pode buscar ajuda pessoalmente. Procure uma Delegacia Especializada da Mulher (DDM) próxima à sua residência, ou uma Delegacia de Polícia, mesmo fora do horário comercial.