Nesta segunda-feira (1), um ataque de Israel ao prédio do consulado do Irã localizado em Damasco, na Síria, deixou sete mortos, todos membros da Guarda Revolucionária do Irã. Entre eles estavam três comandantes iranianos. A embaixada do Irã na Síria afirmou que o consulado foi atingido por seis mísseis disparados por caças F-35.
Segundo a mídia estatal iraniana, o ministro de Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, falou que o país responsabiliza Israel pelo bombardeio. Em comunicado ao Conselho de Segurança da ONU, o Irã solicitou uma reunião de emergência e disse estar em seu direito de revidar.
Presidente do Irã: ‘ação agressiva e desesperada’
Nesta terça-feira (2), o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou na agência de notícias iraniana Tasnim que o ataque “não ficará sem resposta“, e classificou o bombardeio como uma “ação agressiva e desesperada“. O presidente também afirmou que a investida israelense viola regras internacionais.
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, prometeu retaliação ao ataque de Israel (Foto: reprodução/Getty Images Embed)
Segundo informações do G1, o jornal The New York Times afirmou que conversou com quatro autoridades de Israel, que confirmaram que o país realmente foi o autor do ataque.
O Irã não deixou claro quais serão as próximas ações tomadas como resposta ao atentado.
Ataque ao consulado mata autoridades iranianas
O bombardeio feito com aviões militares de Israel matou Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã. Entre os mortos também estavam Mohammad Hadi Haji Rahimi, braço direito de Zahedi, e outro comandante sênior. Como informa o portal G1, os três fariam parte da Força Qods, o braço de operações exteriores do grupo.
Irã e o conflito na Faixa de Gaza
O grupo terrorista Hamas, responsável pelo ataque a Israel na região da Faixa de Gaza em 7 de outubro, é apoiado pelo Irã. Estima-se que a invasão do Hamas ao sul do país no ano passado deixou 1200 mortos, e 240 pessoas foram sequestradas.
Desde então, Israel tem intensificado as ações contra os grupos grupo libanês Hezbollah e As Guardas Revolucionárias do Irã, ambos atuantes em território sírio.