Cores originais de pinturas de deusas são descobertas no Templo de Khnum, no Egito

Ana Luiza Vieira Morais Por Ana Luiza Vieira Morais
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Pesquisadores alemães e egípcios descobriram afrescos com cores interessantes no Templo de Khnum, em Esna, no Egito.

Segundo a reportagem da revista IstoÉ, as imagens em relevo na seção central do teto são 46 representações da deusa Nekhbet, do Alto Egito, e da deusa serpente do Baixo Egito, Wadjet. Nekhbet tem a cabeça de um abutre e a coroa branca do Alto Egito, Wadjet usa uma coroa do Baixo Egito envolta por uma cobra.

Desde 2018, pesquisadores do Instituto de Estudos do Antigo Oriente Próximo da Universidade de Tübingen e do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito (liderados pelo Dr. Hisham el-Leithy) trabalham em busca de relevos, pinturas e inscrições no templo.

Cuidado com as pinturas


Vista dos capitéis recém-restaurados dos pilares de Esna. (Foto: Reprodução/ Ahmed Emam/MoTA)


Segundo o Dr. Daniel von Recklinghausen, da Universidade de Tübingen, as representações foram documentadas a partir da década de 1950, pelo egiptólogo francês Serge Sauneron, porém, a sujeira não deixava transparecer as cores vibrantes das obras.

Atualmente, mais da metade dos tetos e 8 das 18 colunas já estão limpos, conservados e documentados por uma equipe chefiada por Ahmed Emam. Os estudiosos também buscam traduzir as inscrições e identificar as conexões entre as pinturas.

No Templo de Esna resta apenas o vestíbulo (conhecido como pronaos) que mede 37 metros de comprimento, 20 metros de largura e 15 metros de altura. A construção de arenito veio antes do templo real, fundado no tempo do imperador romano Cláudio (41-54 d.C.).

A preservação é relacionada com o templo estar no centro da cidade. Ao contrário de outros edifícios, este não foi usado como fonte de pedra para construção na industrialização do Egito. Durante a época de Napoleão, o local atraiu considerável atenção em círculos especializados, pois era considerado o ideal da arquitetura dos antigos templos egípcios.

 

Foto em destaque: Duas das 46 figuras de abutres na seção central do teto do Templo de Khnum em Esna.Reprodução/ Ahmed Amin/MoTA

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