O governo federal reconheceu, neste domingo (05), estado de calamidade em 336 municípios do estado do Rio Grande do Sul. A decisão ocorreu devido às fortes chuvas que provocaram inundações na região, considerado seu pior desastre climático.
Após o reconhecimento do estado de calamidade, os municípios poderão receber repasses de verbas federais com mais facilidade para auxílio dos locais afetados pelas chuvas que acontecem desde 29 de abril.
Visita do Presidente Lula ao estado
O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) foi até o estado e realizou uma comitiva para conversar sobre a situação atual do estado e compartilhar medidas para auxiliar a região.
Também estavam presentes na comitiva o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de ministros do governo. Lula defendeu que os ministérios devem oferecer apoio para a reconstrução do estado.
O presidente Lula afirmou que o Rio Grande do Sul sempre ajudou o Brasil e está na hora do país retribuir. Lula também declarou que os deputados devem conversar sobre uma medida “totalmente extraordinária” que garanta o auxílio financeiro ao estado.
Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou que a burocracia deve ser retirada para auxiliar o Rio Grande do Sul. Pacheco citou o exemplo da PEC de Guerra, que durante a pandemia autorizou o uso de dinheiro público fora das regras de controle fiscal.
Mortes e desaparecidos
O Diário Oficial da União publicou a lista completa dos 336 municípios, incluindo a capital do estado, Porto Alegre. 78 mortes já foram confirmadas pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul em boletim divulgado neste domingo. 105 pessoas também estão desaparecidas e 175 estão feridas. É estimado que 844 mil pessoas tenham sido afetadas.
Devido às inundações, muitos gaúchos ainda esperam por resgate e várias regiões estão sem acesso à energia e água.
É previsto que a cheia do Rio Guaíba, que inundou ruas da capital, Porto Alegre, leve alguns dias para retornar a níveis seguros. O sistema antienchente da capital está em seu limite e não consegue dar conta de conter as águas do rio em alguns pontos. Em mediação realizada nesta segunda-feira (06), o patamar chegou a 5,26 m, sendo que o limite é de 3 m.