A Rússia divulgou nesta terça-feira (14) que conseguiu colocar na ativa o RSM-56 Bulava, uma semana depois de Vladimir Putin fazer ameaças com uma guerra nuclear ao Ocidente. A motivação são os conflitos de interesses em torno da invasão da Ucrânia. O país já avançou sobre frentes de batalha no leste e no norte. Seu próximo alvo é a cidade de Kharkiv.
O Kremlin vem utilizando interferências no GPS e sabotando infraestruturas logísticas militares, em uma campanha contra países da Otan.
Putin investe pesado no conflito
O avanço do exército russo se deve à combinação de dois fatores: as manobras de Vladimir Putin na economia para bancar os altos custos da guerra e a demora da ajuda do principal financiador da Ucrânia, EUA, tornando as linhas de frente mais frágeis, com a deterioração dos equipamentos e artilharia ucranianos.
Ataque de mísseis russos em Kharkiv em 04 de maio (Foto: Reprodução/Ukrinform/NurPhoto/Getty Images Embed)
O governo da Ucrânia está na expectativa de que a ofensiva russa aumente nas próximas semanas. O Exército ucraniano vem tentando construir linha de defesas mais fortes, ao longo de 1.000 km de linha de frente.
Rússia aproveita demora de ajuda dos EUA
Porém, as forças da Ucrânia têm menor número de infantaria, blindados e munições. Sem a ajuda do Ocidente, torna-se “presa” fácil para o avanço das tropas da Rússia, com seu histórico instinto imperialista.
Cidade de Kharkiv na Ucrânia (Foto: reprodução/Instagram/@kharkiv_city_inst)
No período de mais de dois anos de ataques russos, as tropas da região nordeste da Ucrânia, onde está localizada Kharkiv, foram as que mais resistiram. Kharkiv é um importante centro industrial e científico do país, além de ser a segunda maior cidade ucraniana. Uma eventual vitória da Rússia pode ter um grande peso simbólico.
Na última sexta-feira, Zelensky reclamou que nem todos os parceiros têm cumprido com os acordos em tempo hábil. E ontem, ele recebeu o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Kiev.