Governo americano aprova envio de US$ 1 bilhão em armas para Israel

Eduardo Luzan Por Eduardo Luzan
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Joe Biden antes de se encontrar com Benjamin Netanyahu (Reprodução/Brednan Smialowski/Getty Images)

O governo dos Estados Unidos aprovou o envio de um pacote de armas no valor de US$ 1 bilhão para Israel. Essa medida ocorre em meio a crescentes tensões no conflito entre Israel e o grupo Hamas, na Faixa de Gaza, e menos de uma semana após o presidente Joe Biden indicar a possibilidade de suspender o fornecimento de armas ao aliado israelense.

Segundo informações de autoridades americanas à agência Reuters, o pacote de armamentos inclui projéteis de tanque, morteiros e veículos táticos blindados, sendo elaborado pelo Departamento de Estado dos EUA.

Os detalhes sobre o envio de armas foram discutidos em alto nível, envolvendo presidentes e membros dos Comitês de Relações Exteriores do Senado e dos Assuntos Exteriores da Câmara. Isso ocorreu em meio a uma discordância sobre a operação israelense em Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza, que abriga mais de 1 milhão de palestinos refugiados dos conflitos entre Israel e o Hamas.


Benjamin Netanyahu no Memorial Day
“Somos nós ou os monstros do Hamas” disse Netanyahu no Memorial Day (Foto: reprodução/Instagram/Shalev Shalom)

Restrições ao fornecimento de armas

As tensões aumentaram após declarações de Biden no dia 8 de maio, quando ele indicou que interromperia o fornecimento de artilharia e outras armas a Israel caso o país lançasse uma grande ofensiva contra Rafah. O presidente dos EUA enfatizou que não forneceria armas utilizadas em ataques contra o Hamas, especialmente se Israel visasse centros populacionais.

Biden deixou claro a Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e ao gabinete de guerra, que os Estados Unidos não apoiariam ataques a áreas civis. No entanto, ele ressaltou que isso não significava um afastamento da segurança de Israel, mas sim uma limitação da capacidade de Israel de travar guerra nessas áreas.

Tensões

Inicialmente, houve uma interrupção no envio de armas, incluindo bombas de diferentes tamanhos, mas não foi tomada uma decisão definitiva sobre como proceder. Essas declarações e ações destacam a tensão crescente entre os EUA e Israel sobre as operações militares em Gaza e a proteção de civis palestinos.

O posicionamento de Biden tenta equilibrar o apoio tradicional dos EUA a Israel com uma crescente preocupação com os direitos humanos e a proteção de civis em conflitos armados, um tema que tem sido cada vez mais debatido internacionalmente.

Colunista do In Magazine
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