Herpes Zóster: vacina contra a doença está disponível no Brasil e tem alto custo

Grasiele Gomes Por Grasiele Gomes
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Chega ao Brasil a vacina contra o vírus do Herpes Zóster (cobreiro), doença que acomete, geralmente pessoas acima dos 50 anos. A farmacêutica Shingrix da GSK, teve aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em agosto de 2021. “Ela já existe há anos nos Estados Unidos e Europa. A demora se deu por questões de importação de suprimentos”, esclarece Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim).

A vacina é indicada para pessoas acima de 18 anos, especialmente para aqueles que já tiveram contato com o vírus da catapora, varicela zóster, esses têm mais probabilidade de desenvolver o herpes zóster. Pacientes imunocomprometidos (aqueles cujo sistema de defesa do organismo contra infecções está comprometido), também são mais propensos a contrair a doença. O imunizante deve ser aplicado em duas doses, com intervalos de dois meses e está disponível somente nas clínicas particulares. O valor de cada dose gira em torno de R$ 843,00 podendo variar conforme a clínica. De acordo com a GSK, os preços estão atrelados ao ICMS de cada região do país, e também conforme a prática de preços da clínica privada.


Pele com bolhas vermelhas provocadas pela Herpes Zóster (Foto: Reprodução/Metrópoles)


O herpes zóster ou cobreiro, como também conhecido, é uma doença infecciosa que provoca dores intensas aos portadores dessa enfermidade, chega a impossibilitar a realização de movimentos simples, como: deitar, trocar de roupa ou simplesmente se mexer. “Além da dor crônica, a doença pode acometer pulmões e cérebro dos grupos mais vulneráveis. O tratamento nesse público e nos idosos também é mais complexo, principalmente porque vários tomam diferentes remédios, o que favorece a interação medicamentosa”, afirma Jessé Reis Alves, médico infectologista e gerente de vacinas da GSK.

Normalmente, o vírus do herpes zóster surge na região do tórax, barriga, pernas ou cabeça e desenvolve nessas áreas lesões e bolhas vermelhas na pele. Em alguns casos pode afetar a área dos olhos e a orelha. O vírus pode provocar, ainda a neuropatia pós herpética, que é uma dor persistente que pode durar de 90 dias a um ano, mesmo após a cicatrização das lesões. “Ela se estende pelos nervos que acompanham a trajetória das lesões da doença e é de dificílimo tratamento”, conclui Isabella.

A vacina contra o herpes zoster é produzida a partir vírus não vivo, e tem uma eficácia de 97% em pessoas com mais de 50 anos, e de 91,3% para pessoas com mais de 70 anos. A farmacêutica Shingrix está licenciada, também para outros países além do Brasil, são eles: Canadá, Japão, União Europeia, Nova Zelândia, Cingapura e Austrália.

Foto destaque: Vacina contra Herpes Zóster. Reprodução/Dráuzio Varella

 

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