Papa Francisco se desculpa após comentário homofóbico

Mari Aldemira Por Mari Aldemira
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Foto destaque: Papa Francisco se desculpa após comentário homofóbico; saiba mais (reprodução/Getty Images Embed/Franco Origlia)

Segundo os jornais italianos, o pontífice, de 87 anos, usou uma expressão equivalente a “viadagem” durante uma reunião com bispos. Então, após o ocorrido, o Vaticano divulgou um comunicado nesta terça-feira (28) dizendo que o Papa Francisco não teve a intenção de usar “linguagem homofóbica” e pediu desculpas àqueles que tenham se sentido ofendidos com as palavras proferidas pelo pontífice.

Alegações anteriores

O pronunciamento do Vaticano só veio após dois jornais italianos alegarem que Francisco havia feito comentários homofóbicos durante uma reunião a portas fechadas na semana passada. O Papa teria dito aos bispos italianos presentes na reunião para não permitirem que homens gays treinassem para o sacerdócio. Usando e citando as fontes de dentro da reunião, os jornais italianos Corriere della Sera e La Repubblica informaram na última segunda-feira (27) que o papa havia usado a palavra “frociaggine”, termo esse que em uma tradução livre equivalente à expressão “viadagem” em português. Trata-se de um termo pejorativo para descrever a comunidade LGBTQIA+. Por isso, o Vaticano precisou se pronunciar e pedir desculpas em nome do pontífice.  


Papa é acusado de fazer comentários homofóbicos em reunião a portas fechadas (Vídeo: reprodução/YouTube/ CNN Brasil) 


Diretrizes do Vaticano

As falas polêmicas do papa vêm após propostas de bispos italianos para alterarem as diretrizes em relação aos candidatos para os seminários. O Vaticano decidiu no ano de 2005 que a igreja não poderia permitir a ordenação de homens que são assumidamente gays ou que têm “tendências homossexuais profundas”. E em 2016, o papa Francisco manteve tal decisão. Além disso, dois anos depois da decisão, ele ainda disse aos bispos italianos para não aceitarem candidatos gays para o sacerdócio.

Por outro lado, durante seu pontificado, o papa procurou oferecer uma abordagem mais acolhedora aos católicos que fazem parte da comunidade LGBTQIAP+, ao dizer “quem sou eu para julgar?”, quando perguntado sobre padres gays. Ele também ofereceu a possibilidade de sacerdotes oferecerem bênçãos informais para casais homossexuais. Ademais, o jornal Corriere della Sera diz que o papa argentino fala italiano como segunda língua, e por isso pode não saber o quão ofensiva era o termo.

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