Foi estabelecido nesta terça-feira (28), por um tribunal de apelações dos Estados Unidos, um cronograma acelerado para considerar as contestações feitas pelo TikTok referente à nova legislação que exige que a ByteDance se desfaça dos ativos do TikTok no país até 19 de janeiro ou enfrente a proibição do aplicativo.
Depois do TikTok, a ByteDance e um grupo de criadores de conteúdo da rede se juntarem ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos para solicitar um cronograma acelerado no início deste mês, o tribunal de apelações para o distrito de Columbia determinou que as contestações devem ser apresentadas por escrito até 20 de junho, para o Departamento de Justiça até 26 de julho, e as devidas réplicas até 15 de agosto.
A lei
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, sancionou, no dia 24 de abril, a lei que dá a empresa ByteDance até 19 de janeiro para vender o TikTok ou enfrentar uma proibição em que as lojas de aplicativos serão proibidas de disponibilizar o TikTok, impedindo que serviços de hospedagem na internet ofereçam suporte à aplicação. A lei foi aprovada pela maioria do Congresso poucas semanas depois da apresentação.
A preocupação de Biden é que a China tenha acesso aos dados de norte-americanos ou os espionem a partir do aplicativo.
TikTok e o público
Em uma pesquisa conduzida pela Nielsen para o próprio TikTok, foi revelado que 76% dos usuários da rede estão abertos a anúncios e 72% participam das hastags iniciadas pelas marcas.
Segundo o estudo, 88% dos usuários da rede acham que o TikTok é um lugar onde as pessoas podem se expressar abertamente, enquanto 81% do público sente que podem ser eles mesmos quando usam o app. Além de ser um negócio lucrativo para as empresas, já que na pesquisa é apontado que 1 em cada 3 pessoas compram algo através da plataforma que não estavam considerando comprar antes.