Nesta quarta-feira (29), está previsto o retorno das aulas na Rede Municipal de Educação de Porto Alegre, a previsão foi marcada pela prefeitura da cidade. A decisão de reabrir as redes municipais se deu após predição na melhora climática, emitida pela Defesa Civil, alinhando-se às decisões para as escolas públicas estaduais e também privadas.
Melhoria no clima e cancelamento
Maurício Cunha, secretário da Educação, entrou em mais detalhes sobre a decisão, afirmando que as unidades foram orientadas a acolherem os alunos.
“Nossa orientação é que as unidades próprias e conveniadas da rede municipal que contem com abastecimento de água e energia, que não tenham sido diretamente atingidas pelas fortes chuvas e que estejam com o acesso seguro às suas dependências recebam seus alunos para acolhimento.”
A Secretaria Municipal de Educação (Smed), até esta terça-feira (28), orientou que as escolas municipais e conveniadas realizassem o acolhimento dos alunos com alimentação e também atividades lúdicas, levando em conta as condições de cada unidade.
Entretanto, com a volta às aulas acontecendo às vésperas de um feriado prolongado, o Corpus Christi (30, com prolongação para o dia 31) acabou sendo cancelado.
Medidas sustentáveis e reestruturação
Mesmo ainda em fase de demanda por soluções mais urgentes quanto às necessidades básicas da população, que incluem desde o alojamento até os recursos para a reestruturação social, o Rio Grande do Sul está entrando na etapa de recuperação e também da tentativa de reerguer os municípios mais afetados.
Nesta segunda-feira (27), os participantes de uma sessão com esse enfoque defenderam, majoritariamente, a elaboração de novas políticas de prevenção de desastres climáticos e também a implantação de medidas de desenvolvimento sustentável, a fim de evitar tragédias futuras.
A presidente da Comissão do Meio Ambiente (CMA), Leila Barros (PDT-DF), destacou a importância do envolvimento público na corrente de solidariedade que vem ajudando os sulistas a se reerguer e afirmou que essa mobilização deve ser mantida. Leila Barros também trouxe como foco a cobrança internacional quanto a preocupação com o clima e o papel do Brasil nessa questão.
“Em nível internacional, precisamos continuar cobrando os principais culpados por essa situação em escala global. É urgente que o financiamento climático esteja coerente com o tamanho dos estragos que esses eventos vêm causando, principalmente redesenhando nossa economia, nossa forma de produzir e de consumir. O desafio será gigantesco”, afirmou Leila, em matéria da Agência Senado.
Para os senadores representantes do Rio Grande de Sul, o estado vive hoje a pior calamidade já registrada no Brasil, comprovando a necessidade da prevenção.
Conforme dados da defesa civil, o desastre que assolou a região Sul do Brasil deixou pelo 640 mil pessoas desabrigadas, levando ao menos 160 a óbito e outras 72 ainda permanecem desaparecidas. No total, 82,6 mil pessoas foram resgatadas e ainda mais de 12 mil animais silvestres e domésticos também foram afetados pela crise.