Um terremoto de magnitude aproximada de 5.9 atingiu o centro do Japão nesta segunda-feira (03), na prefeitura de Ishikawa, na península de Noto. A Agência Meteorológica do país não soltou avisos de tsunami.
O epicentro aconteceu na Península de Noto, às 6h31 do horário local. A área já havia sido afetada por um grande terremoto em 1° de janeiro. Neste dia, quase 100 mil pessoas foram evacuadas em nove províncias e outras 230 foram mortas pela tragédia. Nas regiões costeiras japonesas de Ishikawa, Niigata e Toyama emitiram alertas de tsunami.
O tremor não foi sentido em Tokyo, capital do Japão, mas alertas foram enviados para aparelhos móveis dos moradores.
Casa destruída por terremoto no Japão em 1° de janeiro. (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Buddhika Weerasinghe)
Tsunami atingiu usina de Fukushima em 2011
O Japão já foi abalado por um tsunami devastador causado por um terremoto de 9 graus de magnitude no Oceano Pacífico que empurrou a ilha de Honshu, a maior do Japão, 2,4 metros para leste. A força das águas atingiu a usina de Fukushima, localizada a 260 quilômetros ao norte de Tóquio, que ocasionou em um acidente nuclear.
O tsunami causou a morte de mais de 18 mil pessoas e 160 mil habitantes precisaram ser retirados das proximidades da usina. A movimentação de terra, de 50 metros, nas placas tectônicas da Eurásia e do Pacífico foi a maior já registrada em um terremoto, que elevou o mar e criou enormes ondas que atingiram o Japão.
Destroços da tragédia de 2011 no Japão. (Foto: reprodução/Patrick Fuller/Japanese Red Cross/IFRC/Getty Images Embed)
Essa foi a maior catástrofe japonesa desde 1945, quando as bombas atômicas foram lançadas em Hiroshima e Nagasaki.
Tecnologia contra terremotos
O país passou por muitos tremores que causaram grandes destruições em seu território. Depois dos grandes tremores de 1923 em Tóquio, que mataram aproximadamente 140 mil pessoas, os japoneses passaram a investir em infraestrutura e tecnologia.
Chamado de “isolamento sísmico”, as construções japonesas possuem um sistema de proteções na base de suas estruturas e amortecedores para que construções suportem os abalos a partir da absorção de energia.