Segundo anúncio feito pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), nesta quinta-feira (13), o número de pessoas deslocadas a força alcançou um nível recorde de 117, 3 milhões até o fim do ano passado. O relatório adicionou ainda que o número pode aumentar ainda mais durante 2024 com o advento da crise climática.
Crescimento e tendências
O relatório diz respeito a Tendências Globais no Deslocamento e foi publicado pelo ACNUR, onde ressalta o aumento significativo de deslocados forçados anualmente na última década. Acredita-se que essa tendência ao aumento reflete a intensificação de conflitos, perseguições e variadas formas de violência em diversos países do mundo.
A projeção da ACNUR para os primeiros quatro meses de 2024 é que o deslocamento forçado continuou a crescer e, provavelmente, ultrapassou a marca de 120 milhões até o final de abril. Os números são alarmantes e demonstram a necessidade urgente de intervenções políticas globais.
Conflitos menos visíveis
Entre os conflitos mencionados no relatório, a guerra no Sudão ganhou destaque como uma das mais catastróficas, apesar de ganhar menos visibilidade da mídia internacional.
Já em Gaza, que ganhou bastante visibilidade e mídia, o deslocamento interno foi de aproximadamente 1,7 milhão de pessoas em meio aos bombardeios e campanha terrestre em Israel, correspondendo a quase 80% da população da região.
O relatório do ACNUR trás o foco dos conflitos para a crise global de deslocamento forçado, tentando enfatizar a necessidade urgente de soluções políticas e/ou humanitários para minimizar a tendência crescente.
Agora, a comunidade política internacional enfrenta um enorme desafio com o cenário de conflitos e guerras, levando milhões de pessoas a saírem forçadamente de suas casas e países de maneira inesperada e forçada. Com isso, cabe a comunidade internacional cooperação e compromisso para proteger milhões de pessoas vulneráveis.