Nesta quarta-feira (19), os líderes da Coreia do Norte e da Rússia assinaram um acordo com promessa de defesa mútua em caso de ataque. Um dia depois, a Casa Branca se posicionou classificando a união como preocupante, mas não surpreendente.
O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, respondeu à mídia que toda essa articulação é puro “desespero” do país Russo, já que passa uma ideia de que precisa de ajuda na guerra contra a Ucrânia. Desde o início do conflito, a Rússia sofre sanções de diversos países.
“Estamos falando sobre isso e alertando sobre um relacionamento de defesa crescente entre esses dois países há muitos meses por meio de uma série de informações de inteligência que divulgamos”, disse o porta-voz.
“Temos compartilhado informações publicamente sobre como a RPDC (Coreia do Norte) tem permitido a guerra da Rússia na Ucrânia e sobre suas transferências de armas. Obviamente, é algo que levamos a sério”, afirmou.
Fornecimento de armas e declarações de Putin
Entre os benefícios do acordo russo e norte-coreano, o presidente do país oriental, Vladimir Putin, fez questão de afirmar que a Rússia pode fornecer armamentos para os norte-coreanos. Um tipo de resposta aos países ocidentais que fornecem recursos para a Ucrânia.
Putin também alegou que se a aliada do EUA, Coreia do Sul, resolver fornecer armas para os ucranianos, estará comentando um grande erro e que Moscou irá responder de maneira severa.
Relações além do ocidente
Jhon Kirby, porta-voz da Casa Branca (Foto: reprodução/Kevin Dietsch/Getty Images Embed)
Kirby destaca as relações Indo-Pacífico que o Estados Unidos vem alimentando durante os três anos de governo Biden. Algo que para Putin significa que “A Otan já está se ‘mudando’ para lá [Ásia] como se fosse um local de residência permanente. Isso, é claro, cria uma ameaça a todos os países da região, incluindo a Federação Russa“. O presidente russo ainda terminou o discurso com uma ameaça dura, “Somos obrigados a responder a isso e o faremos“, disse.
Entre as articulações para unir os países desse eixo, John lembra do acordo trilateral, conhecido como AUKUS, onde EUA, Japão e a Coreia do Sul, se uniram para fornecer submarinos movidos a energia nuclear à Austrália, e o laço estreito com a Filipinas.