De acordo com os dados de monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) O número de focos de incêndio registrados no Brasil entre janeiro e julho deste ano aumentou 350%.
No mês de janeiro, o número de focos calculados nas regiôes do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste totalizaram 2.579 incidentes, já no mês de julho antes do fechamento, foram registrados 11.591 focos.
O risco das queimadas começam a surgir durante a estação de inverno, quando o solo ficar mais seco, aumentando a probabilidade dos incêndios.
A meteorologista do Climatempo, Maria Clara, explica que, é normal que o número chegue a essa proporção, devido o ínicio de uma estação seca, aparti do mês de maio até o mês de setembro.
Índice de Incêndios são destacados pela cor vermelho no Mapa (Foto: Reprodução/CNN Brasil)
Na ilustração, é possível notar os índices elevados das queimadas, a cor em vermelho destaca as regiões afetadas. O Bioma do Cerrado é o foco desses incidentes, com mais de 5.000 focos de incêndio no mês de julho, considerado o pior número do ano.
Numa comparação da série histórica, esse não é o maior, o ano de 2010, foi marcado pela marca de mais de 12 mil focos de incêndios.
Histórico do número de incêndios
Mediante o aumento de 350% nos meses de janeiro e julho, o maior registro de incêndios não foi no ano de 2022 do números de focos ocorridos no primeiro semestre.
Em 2003, foram registrados 70.579 nos primeiros seis meses. Veja abaixo a relação do ano 1999, em que o Inpe começou o monitoramento:
1999: 17.950
2000: 15.837
2001: 20.938
2002: 39.324
2003: 70.579
2004: 66.688
2005: 58.393
2006: 41.315
2007: 50.641
2008: 29.895
2009: 24.319
2010: 47.255
2011: 23.917
2012: 35.407
2013: 24.736
2014: 28.040
2015: 26.301
2016: 44.745
2017: 32.638
2018: 30.150
2019: 38.565
2020: 40.435
2021: 38.216
Foto de destaque: membro da brigada de incêndio do Ibama tenta controlar as chamas no Amazonas (Foto: Ueslei Marcelino/G1)