Miguel Gutierrez, ex-CEO das lojas Americanas, é detido na Espanha

Raabe Miranda Por Raabe Miranda
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Foto destaque: Ex-CEO da Americanas é detido na Espanha (Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Nesta sexta-feira (28), ocorreu a prisão do ex-CEO das lojas Americanas, formado em engenharia mecânica pela UFRJ e em economia pela UERJ, o brasileiro Miguel Gutierrez, que também possui cidadania espanhola, de 62 anos. A detenção ocorreu no continente europeu, na capital da Espanha, em Madri.

O empresário foi admitido na liderança da Americanas uma década após ser inserido na companhia, e permaneceu no cargo até o ano de 2022, após renunciar a posição de chefia. Seu nome constava na lista de procurados da Interpol, o rol de foragidos da polícia internacional, desde a data de 27 de junho, em razão da ordem de detenção preventiva, uma ação da Polícia Federal, auxiliada juntamente pela Comissão de Valores Mobiliários. Entretanto, ele ainda não havia sido localizado até o momento de sua prisão na sexta.


Ex-CEO da Americanas é preso em Madri (Foto: reprodução/Americanas Summit 2021)

Informações sobre o momento da operação

O ex-CEO, que é um dos principais investigados da ação Disclosure, havia se mudado para o país espanhol, após o início dos processos judiciais sobre fraude contábil, e, conforme divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, segundo as investigações da PF, antes de sair do Brasil, Gutierrez liquidou diversos bens financeiros, e enviou o valor adquirido a paraísos fiscais em outros países.

No momento, ainda não se sabe para qual centro de detenção ele será encaminhado, mas sua extradição já foi solicitada pelo Ministério Público Federal. De acordo com a PF, o engenheiro e economista foi encontrado com o auxílio do Centro de Cooperação Policial Internacional. Anna Christina Ramos Saicali, uma das ex-diretoras da Americanas, também está com o nome marcado como procurada pela Interpol, e segundo informações, provavelmente se encontra no país lusitano.

Um dos maiores crimes fiscais na história do Brasil

As investigações apontam que o prejuízo é de cerca de 25,3 bilhões de reais, o qual ocasionou um processo de recuperação judicial por volta dos 50 bilhões de reais, um marco histórico e de maior proporção já registrado no país. Foram diversas ações criminosas de teor contábil, como o uso indevido de informações privilegiadas, manipulação da bolsa de valores e corrupção fiscal. Se forem condenados, os envolvidos nos esquemas fraudulentos podem até ser presos.

Em um comunicado público, a companhia anunciou que está cooperando com as autoridades, e que se isenta de quaisquer tipos de atividades ilegais, como também espera o fim das investigações para que os devidos culpados assumam as consequências diante da justiça.

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Comunicação Social -Jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa.
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