Cacau Show é condenada a pagar multa por acusação de assédio

Redação INMAG Por Redação INMAG
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Foto Destaque: Cacau Show (reprodução/@cacaushow)

Cacau Show foi condenada a pagar R$ 50 mil para homem de 45 anos acusado de importunação sexual na unidade de Itapevi, na Grande São Paulo, em abril de 2023. Na delegacia, o homem foi obrigado a passar por “reconhecimento peniano”.

Felipe Passos, que mora na região do Brás e tem 45 anos, na manhã de 23 de abril, saiu de Santana com um grupo de ciclistas e parou na unidade da Cacau Show de Itapevi para comer, beber e descansar. A sentença em primeira instância foi publicada apenas no dia 27 de junho de 2024.

Delegacia

O grupo tomou os sorvetes e começou a conversar sobre a vendedora da loja ter acusado alguém do grupo de ciclistas de ter mostrado seu pênis para ela, mexido e encostado no balcão.

Na sequência, dois seguranças da loja enquadraram Felipe e disseram que ele era o acusado do suposto crime. Foi levado à delegacia e mantido sob prisão em flagrante. Segundo Felipe, foi obrigado a mostrar o pênis 3 vezes por ordem do delegado para reconhecimento das características mencionadas pela funcionária da Cacau Show.

Em nota publicada, a Secretaria de segurança pública reconhece que não há precedente legal para a dinâmica de reconhecimento mencionada.


Montagem realizada e compartilhada em grupos de ciclistas (Foto: Reprodução/g1)


Notas

“Na época dos fatos, a autoridade policial ouviu a vítima, uma testemunha, o autor e demais partes envolvidas na ocorrência. Um pen drive com imagens de câmeras do estabelecimento comercial foi apreendido e o vídeo, analisado pelo promotor de justiça. O caso foi arquivado pelo Poder Judiciário em maio de 2023”, em nota.

Um dos advogados de Passos, especialista no âmbito criminalista, comentou sobre o caso.

“Meu cliente sofreu acusação no âmbito sexual, algo que dilacerou sua honra e dignidade, foi preso injustamente e sofreu por meses até provar sua inocência, a omissão da Cacau Show está no fato de, após a apuração, não ter imediatamente informado as autoridades policiais”, disse a advogada Tatiana Gobbi Maia.

A empresa, por sua vez, alegou à justiça que não possui responsabilidade pelo constrangimento sofrido pelo homem na delegacia, cedeu as imagens das câmeras de segurança e, ao saberem da mentira de seus funcionários, rescindiu o contrato de ambos.

Matéria por Vinicius Araújo (Lorena R7)

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