Fernando Sodré, Chefe da Polícia do Rio Grande do Sul, afirmou em entrevista que Nego Di e seu parceiro Anderson Boneti planejaram lesar mais de 300 vítimas em um crime de estelionato virtual. O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, foi preso no domingo (14) durante uma ação policial em Santa Catarina.
Esquema de vendas e não entregas: O modus operandi de Nego Di
Investigações apontam que Nego Di vendia eletrônicos como TVs, ar-condicionados e celulares a preços abaixo do mercado, mas não os entregava aos compradores. Nas redes sociais, inicialmente afirmava apenas divulgar produtos de Anderson Boneti, mas depois se declarava dono e prometia garantir as entregas.
Uma das vítimas relatou à CNN um prejuízo de R$ 30 mil ao comprar dois celulares e alguns ar-condicionados, expondo o modus operandi de Nego Di. Ele efetuou algumas entregas para conferir credibilidade ao esquema e anunciou a abertura de uma loja virtual, usando prazos de entrega de até 50 dias para atrair mais clientes. Após denúncias, investigações mostraram que Nego Di recebeu mais de R$ 300 mil em um curto período, confirmando sua prática criminosa de estelionato.
A polícia estima que o prejuízo financeiro causado às vítimas ultrapassa a marca dos R$ 5 milhões.
A ascensão e queda de Nego Di: Do BBB à prisão por estelionato virtual
Nego Di é o nome artístico de Dilson Alves da Silva Neto, um comediante e ex-participante do Big Brother Brasil (BBB). Ele ganhou notoriedade por sua participação polêmica no reality show em 2021, onde foi um dos participantes mais comentados pela sua postura e declarações na casa. Fora do BBB, Nego Di é conhecido por seu trabalho como humorista, principalmente nas redes sociais, onde tem uma base de seguidores significativa. No entanto, em 14 de julho de 2024, foi preso por crime de estelionato virtual.