O Reino Unido autorizou a Ucrânia a utilizar armamentos britânicos em operações dentro do território russo, marcando uma nova fase no apoio militar de Londres a Kiev. Essa decisão reflete um comprometimento ainda mais profundo do governo britânico com a defesa ucraniana, em meio à escalada do conflito.
A medida foi anunciada pelo Ministério da Defesa do Reino Unido, que reforçou a importância de apoiar a Ucrânia na resistência contra as agressões russas. No entanto, para evitar uma escalada maior do conflito, foi estabelecida a restrição ao uso de mísseis de longo alcance, os quais devem ser empregados exclusivamente em operações defensivas dentro das fronteiras ucranianas.
Gabinete militar na Rússia
Nos últimos dias, a Ucrânia divulgou imagens de uma reunião entre o presidente Volodymyr Zelensky e altos comandos militares, na qual foi anunciada a criação de um gabinete militar dentro da Rússia. O objetivo deste gabinete, segundo o chefe das Forças Armadas ucranianas, é manter a ordem e garantir a segurança dos civis nas áreas ocupadas.
Tanques britânicos apoiam as tropas ucranianas na ofensiva em território russo (Foto: reprodução/Getty Images News/Chris McGrath/Getty Images Embed)
Desde a semana passada, as tropas ucranianas têm mantido posições na região russa de Kursk, após uma incursão surpresa. Autoridades ucranianas afirmam que já controlam 82 comunidades em uma área de aproximadamente 1,1 mil km².
Uso de tanques Challenger 2
O governo britânico confirmou que as armas fornecidas à Ucrânia, incluindo tanques Challenger 2, estão sendo utilizadas nesta operação. Esse tanque é um dos mais avançados britânicos, pesa cerca de 60 toneladas, possui blindagem reforçada contra ataques diretos e tem capacidade para transportar até quatro soldados. A confirmação do uso desses tanques em solo russo representa uma escalada significativa no apoio do Reino Unido à Ucrânia.
Enquanto isso, a Rússia divulgou vídeos mostrando a suposta captura de militares ucranianos e alegou ter retomado alguns vilarejos na região de Kursk, numa tentativa de conter o avanço ucraniano.