Defesa de Gusttavo Lima classifica ordem de prisão preventiva como injusta

Cantor sertanejo é acusado de associação com foragidos e participação em esquema de jogos on-line investigado pela Operação Integration

Barbara Souza Por Barbara Souza
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Foto Destaque: Cantor se defende após decisão judicial que ordena sua prisão preventiva (reprodução/Instagram/@gusttavolima)

Nesta segunda-feira (23), a juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, determinou a prisão preventiva de Gusttavo Lima. A decisão é parte da Operação Integration, que investiga lavagem de dinheiro por meio de plataformas de jogos on-line. A defesa do cantor alega que a ordem de prisão é injusta e infundada, destacando que medidas cabíveis já estão sendo tomadas.


Gusttavo Lima e família em frente ao avião comprado de invetigados (reprodução/Instagram/@andressasuita)

A justiça de Pernambuco decretou sua prisão preventiva, além de determinar a suspensão de seu passaporte e certificado de porte de arma. Decisão que apura um esquema de lavagem de dinheiro em plataformas de apostas on-line, com o envolvimento de diversos empresários e influenciadores, como Deolane Bezerra.

Decisão que abalou o sertanejo

Segundo a decisão judicial, o cantor teria relação próxima com um dos investigados, sendo apontado como sócio de uma empresa envolvida no esquema. A carona que Gusttavo deu a outro investigado e sua esposa para a Grécia, além da venda de uma aeronave, foram citados como provas de envolvimento.

A decisão foi um desdobramento da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro em plataformas de jogos on-line. O cantor é acusado de ligação com foragidos e de negociar a venda de um avião com uma das empresas investigadas. Em nota, sua defesa rebateu as acusações, alegando que a decisão é injusta e acredita que a inocência do artista será comprovada.

Defesa e próximos passos no caso


Futuro de cantor é incerto após decisão judicial (reprodução/Instagram/@gusttavolima

Pouco depois da divulgação da ordem de prisão, a assessoria de imprensa de Gusttavo Lima se manifestou. Em nota, a defesa do cantor classificou a decisão como “injusta” e “sem fundamentos legais”. A equipe jurídica garantiu que o cantor não tem nenhuma relação com a operação e a venda do avião seguiu todos os trâmites legais.

A defesa ressaltou ainda que “a inocência do artista será devidamente demonstrada”, confiando na Justiça brasileira para reverter a decisão. Contudo, o comunicado não esclareceu o paradeiro atual de Gusttavo Lima nem mencionou se a defesa já está em negociações com as autoridades para sua entrega. Disse estar focada em reverter a prisão preventiva e garantir que o cantor não seja considerado culpado por um crime que, segundo eles, não cometeu.

Impacto da Operação Integration

A Operação Integration tem ganhado cada vez mais destaque à medida que novas figuras públicas se envolvem no esquema de lavagem de dinheiro. A influenciadora Deolane Bezerra também foi presa e teve R$ 20 milhões bloqueados de suas contas. “Balada Eventos”, empresa de Gusttavo Lima, está entre as investigadas, e a Justiça determinou o bloqueio de R$ 20 milhões de seus bens, incluindo imóveis e embarcações.

As apostas on-line, legalizadas no Brasil desde 2018, mas ainda amplamente desregulamentadas, são um terreno fértil para operações financeiras suspeitas. A partir de 2025, o país deve estabelecer normas mais rígidas para essas plataformas, o que pode revelar mais esquemas de lavagem de dinheiro.