Passados 5 dias, Israel reinicia os bombardeios na capital do Líbano

Nesta quarta-feira (16), Israel retomou os bombardeios na capital do Líbano após um intervalo de cinco dias

Helene Ferreira Por Helene Ferreira
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Foto Destaque: jovem caminhando pelas ruínas da cidade destruída pela guerra (Reprodução/Hans Neleman/ Getty Images Embed)

Militares israelenses afirmam ter acertado dezenas de alvos do grupo extremista no sul do país, além de um depósito de armas subterrâneo do Hezbollah em Beirute. Em outra frente da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, forças militares israelenses mataram mais de 50 combatentes, entre eles um comandante de grupo.

Embaixadora americana na ONU afirma que os Estados Unidos estão observando as ações de Israel para se certificar que não se configure uma “política de fome”, visto que, segundo o chefe da agência da ONU que dá assistência aos palestinos, a fome poderia ser evitada com a liberação de comboios que carregam ajuda.


Prédios destruídos por bombardeios em Beirute, capital do Líbano (Foto: reprodução/
Hans Neleman/ Getty Images Embed)


Prefeito morre em ataque

Um ataque aéreo israelense contra o prédio municipal de Nabatieh matou o prefeito Ahmed Kahil. Nabatieh é uma importante cidade do sul do Líbano, que funciona como capital da província. O ataque aconteceu mesmo com o temor demonstrado pelos Estados Unidos, devido a multiplicação do número de mortos.

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, condenou o ataque, sendo o mais significativo contra um edifício estatal libanês desde a última escalada dos combates, que começou há cerca de duas semanas, levantando preocupações sobre a segurança da infra-estrutura estatal do país. A governadora de Nabatieh, Howaida Turk, afirma que embora a maioria dos residentes de Nabatieh já tivesse deixado a área após pesados ​​​​ataques aéreos israelenses, o prefeito e outros funcionários municipais ficaram para trás para ajudar os que permaneceram.

“Eles atingiram civis, a Cruz Vermelha, a defesa civil. Agora eles têm como alvo um prédio do governo. É inaceitável. É um massacre”, ela disse.

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O porta-voz Jeremy Laurence disse que o ataque, na aldeia de Aitou, levantou “preocupações reais” com respeito ao direito humanitário internacional. Cerca de 12 mulheres e 2 crianças estariam entre os mortos no bombardeio, que destruiu um prédio residencial. O ataque a edifícios residenciais sem aviso prévio trouxe questionamentos sobre as intenções reais por trás dos ataques. 

Comunicóloga, jornalista e estudante de Letras.