Espanha: Enchentes devastadoras afetam regiões inteiras

Debaixo de água país enfrenta crise e desafios naturais

Adriana Alexandrino Por Adriana Alexandrino
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Foto destaque: enchentes na Espanha (Reprodução/ David Ramos/Getty Images Embed)

Após as enchentes devastadoras em Valência, Espanha, que deixaram mais de 150 mortos e inúmeras pessoas desabrigadas, moradores acusam o governo de demorar a emitir alertas sobre o perigo iminente. A Defesa Civil enviou o primeiro aviso de emergência apenas na noite de terça-feira, quando chuvas intensas já causaram inundações significativas há quase dois dias. As autoridades de Valência justificaram a demora, alegando que o sistema de alerta segue protocolos específicos, mas prometeram melhorias após as críticas pela resposta lenta. Especialistas também apontaram a necessidade de melhorias no gerenciamento de desastres locais.

Situação aérea também se encontra com dificuldade

Segundo o site O Hoje, mais de 50 voos foram cancelados ou sofreram longos atrasos, e muitos outros foram desviados, e em Tarragona, a quase 250 km de Valência, o leito do rio transbordou, agravando ainda mais a situação. As equipes de resgate estão focadas em áreas mais críticas, como garagens subterrâneas e porões, e devido às inundações, o número de mortes subiu para 222, ainda segundo o site.


Rainha Letícia, com barro no rosto (Foto: reprodução / TV Globo/ site G1)

No domingo (3) moradores jogaram lama contra as autoridades, a rainha Letícia, com barro no rosto, chorou ao ver os estragos, o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, foi retirado do local por razões de segurança.

Entenda o fenômeno climático que atinge a Espanha

A tempestade que devastou a Espanha recentemente foi intensificada por uma combinação de fatores meteorológicos e problemas estruturais. O fenômeno DANA (Depressão Isolada em Níveis Altos), responsável pelas chuvas extremas, causou uma precipitação intensa e concentrada, característica dessas formações. A rápida elevação dos rios e a saturação dos solos provocaram enchentes graves, especialmente em áreas urbanizadas sem drenagem adequada. Além disso, o atraso no sistema de alerta de emergência impediu que muitos moradores tivessem tempo para se proteger. Esses fatores, junto com a urbanização crescente em áreas vulneráveis, contribuíram para a severidade da catástrofe​​.