China refuta a ameaça de Trump, afirmando que as tarifas não solucionarão os problemas dos Estados Unidos

Na segunda-feira (25), Trump anunciou que irá impor uma tarifa de 10% sobre os produtos da China

Ana Carolina Piragibe Por Ana Carolina Piragibe
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Foto Destaque: Donald Trump (Reprodução/Instagram/@wallstreetmemoir)

A China manifestou fortes críticas nesta quinta-feira(28), em relação à recente promessa do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de implementar tarifas adicionais sobre produtos chineses, uma medida que se justifica, segundo ele, pela preocupação com o fluxo de fentanil que afeta o território americano. As autoridades chinesas argumentam que essa postura do novo governo estadunidense é uma tentativa de transferir a responsabilidade pela grave crise dos opioides nos Estados Unidos para o gigante asiático, desviando a atenção das verdadeiras causas do problema.


Bandeiras China e Estados Unidos (Foto: reprodução/Pool/Getty Images Embed)


Donald Trump

Donald Trump, o recém-eleito presidente dos Estados Unidos que assumirá o cargo em 20 de janeiro, anunciou durante sua campanha a implementação de uma tarifa de 10% sobre produtos importados da China. Ele justificou essa decisão como uma forma de pressionar o governo chinês a adotar medidas mais rigorosas no combate ao tráfico de substâncias químicas, fabricadas em seu território e utilizadas na produção de narcóticos altamente viciantes, como o fentanil. Além disso, Trump já expressou a intenção de impor tarifas ainda mais altas, que poderiam ultrapassar 60%, sobre uma ampla gama de produtos chineses.

Essa retórica de endurecimento nas relações comerciais com a China reflete sua preocupação contínua com o impacto do tráfico de drogas, bem como a necessidade de fortalecer a segurança interna dos Estados Unidos. A abordagem de Trump enfatiza seu compromisso com a luta contra a epidemia de drogas, que tem devastado comunidades em todo o país.

Guerra comercial

Trump destacou que os EUA devem seguir as regras da Organização Mundial do Comércio e colaborar com a China para garantir relações econômicas estáveis. Seus comentários geraram preocupações sobre o início de uma guerra comercial que poderia ser mais severa do que a do seu primeiro mandato, que já resultou em tarifas de 7,5% a 25% e danos às cadeias de suprimento globais. A mídia estatal chinesa também alertou que novas tarifas poderiam levar as duas maiores economias do mundo a uma guerra tarifária prejudicial.