Belém, cidade de Jesus, cancela celebrações de Natal por guerra entre Israel e Hamas

A cidade costuma receber milhares de visitantes durante o período Natalino

Thamara Dutra Por Thamara Dutra
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Foto destaque: Belém cancela celebrações (Reprodução/Vatican News)

Belém, cidade do nascimento de Jesus, cancelou pela segunda vez as celebrações de Natal. A decisão drástica foi tomada devido a guerra entre Israel e Hamas. O conflito não tem previsão para acabar.

Celebrações canceladas

Belém é um dos destinos mais visitados da região em período natalino pelo grande valor simbólico que a cidade representa para os cristãos. A Igreja da Natividade, local onde Jesus nasceu de acordo com a História, recebe centenas de milhares de turistas todos os anos neste período. No entanto, esse ano, os hotéis e a Igreja se encontram praticamente vazios.


Tradicional árvore de Natal não será montada esse ano (Foto: reprodução/UOL)

Centenas de fieis se reuniram ao redor da igreja nesta terça-feira (24). A praça da manjedoura também não recebeu a sua típica decoração de Natal e os clássicos desfiles foram cancelados. Os moradores e comerciantes locais lamentam a situação.

Meu filho me perguntou por que não há árvore de Natal este ano, não sei como explicar”,

Ali Thabet, moradora de uma aldeia próxima à Belém, à CNN.


Igreja da Natividade, construída no local onde Jesus nasceu, em Belém, na Cisjordânia (Foto/Reprodução/Viator)

A guerra

A decisão foi tomada pelas autoridades diante do avanço do conflito e em solidariedade à população palestina em Gaza. No dia 7 de outubro de 2023, terroristas do Hamas atacaram a região sul de Israel. Na ocasião, 1.2 mil pessoas foram mortas e 250 pessoas foram feitas reféns. Além disso, 380 soldados morreram no ataque. No entanto, não são apenas os moradores locais que foram afetados com o conflito, a violência também chegou na Cisjordânia, com aproximadamente 300 palestinos mortos pelas forças israelenses.

Nunca vi algo assim. Natal é alegria, amor e paz. Não temos paz. Não temos alegria”,

Padre Spiridon Sammour, sacerdote ortodoxo grego da Igreja da Natividade.

Autoridades palestinas e da Igreja Católica pediram que fieis não percam a esperança. De acordo com o prefeito, sem esperança, não é possível viver na Terra Santa.