Um símbolo associado à era nazista volta a causar polêmica nos Estados Unidos, desta vez diretamente ligado ao presidente. Nesta terça-feira (10), Donald Trump compartilhou no Truth Social, sua própria plataforma, uma imagem que exibe um triângulo rosa invertido coberto por um sinal de proibido em vermelho. O gesto causou preocupação e gerou indignação dentro da comunidade LGBTQIA+.
Proibição de transgêneros nas Forças Armadas
Assim que reassumiu a presidência, Trump tomou medidas para eliminar os programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) em órgãos federais, alegando que eram discriminatórios, ilegais e imorais. Sua administração determinou que o gênero fosse reconhecido apenas em duas categorias: masculino e feminino, resultando no corte da assistência médica para jovens transgênero.
Além disso, uma ordem executiva assinada em janeiro estabeleceu que pessoas trans fossem consideradas inadequadas para o serviço militar, reforçando a diretriz de removê-las das Forças Armadas.
Símbolo nazista
No artigo, reproduzido com a imagem de uma TV com sinal de proibido atravessando o triângulo rosa, o colunista Jeremy Hunt afirmou:
“O presidente Trump e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, estão realizando em semanas, o que geralmente leva anos. A desconstrução das distrações da era Biden por este governo e o redirecionamento do Pentágono estão avançando em ritmo alucinante. Aqueles que serviram nas forças armadas da nossa nação não poderiam estar mais gratos”.
A postura do governo não é inédita. Aliados próximos de Trump, como Elon Musk e Steve Bannon, já utilizaram saudações que remetem diretamente ao nazismo ao se dirigirem ao público.
Nos anos 1970, a comunidade LGBTQIA+ ressignificou o triângulo rosa, que durante o nazismo tinha a mesma função estigmatizante da estrela amarela imposta aos judeus, transformando-o em um símbolo de resistência e orgulho. No entanto, ao divulgar a imagem com o sinal vermelho de proibição sobreposto, Trump transmitiu uma mensagem clara e alarmante.